A utilização de veículos não-tripulados para estender cabos condutores em linhas de distribuição de eletricidade reduz significativamente a área desmatada de floresta e antecipa e o tempo de entrada em operação.
A EDP Brasil enfrenta desafios significativos na gestão da mitigação dos impactes na biodiversidade decorrentes da atividade de distribuição de eletricidade, tendo em conta a necessidade de atravessar significativamente áreas consideradas de valor de biodiversidade. A floresta tropical da Mata Atlântica é o bioma impactado pela atividade de distribuição no estado de São Paulo e de Espírito Santo, ao nível das unidades de conservação federais, estaduais e municipais.
EDP Brasil, na construção da uma Linha de Distribuição de 138 kV no município de Santa Maria de Jetibá, na região central Serrana do Espírito Santo, com a maior cobertura florestal nativa deste Estado, em 2018, iniciou um projeto-piloto de utilização de Veículos Aéreos Não-Tripulados (drones) para realizarem operações de colocação dos cabos condutores, substituindo métodos clássicos que exigiam ações de desmatação de grandes áreas de floresta.
Drones ao serviço da biodiversidade
Os testes realizados netas fases-pilotos demonstraram vantagens custo-benefício operacionais e de preservação da biodiversidade, quando comparadas com os métodos clássicos. Verificaram-se reduções de supressão de vegetação nativa na ordem dos 85% e otimizações de tempo de execução da obra, com reduções de tempo em 30%.
Consequentemente, conseguiu-se antecipar a obtenção de licenciamento ambiental e respetiva entrada em operação da linha de distribuição.
Perante excelentes resultados obtidos na mitigação do impacte na biodiversidade e na simplificação do processo de licenciamento, a utilização de veículos não-tripulados na construção de linhas de distribuição de média e baixa tensão passou a ser prática corrente na EDP Brasil.