O papel da EDP
Não é um plano de intenções nem um compromisso apenas com os países onde a EDP está presente. É uma missão que assumimos como nossa desde há muitos anos: apoiar comunidades e países onde a energia, constante e segura, é um objetivo difícil de alcançar.
Antes de serem lançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, em 2015; antes mesmo de ser criada a organização SEforALL, na qual a EDP está intimamente envolvida, já tínhamos lançado o programa A2E (Access to Energy, Acesso à Energia), em 2009. E mais recentemente o Fundo A2E, que já vai na sua terceira edição.
Foi no Quénia, no Campo de Refugiados de Kakuma, que a EDP ajudou a instalar painéis solares para iluminação e aquecimento, purificação e aquecimento de água, entre outras estratégias de eficiência energética. Sempre em parceria com a ONU - através do Alto Comissariado para os Refugiados, na altura liderado por António Guterres - a intervenção em Kakuma permitiu melhorar as condições de vida a milhares de pessoas.
Mais de 200.000 pessoas ajudadas pelo A2E
Desde essa primeira iniciativa, mais de 200 mil pessoas beneficiaram da ajuda direta da EDP, que lançou projetos humanitários ligados à energia em mais de uma dezena de países de três continentes:
Se, às iniciativas humanitárias, juntarmos o investimento internacional em empresas, start-ups e projetos de energias renováveis ou eficiência energética que viram a luz do dia graças ao apoio da EDP Renováveis - que passou a liderar o A2E em 2018 - só nos últimos três anos, a vida de mais de 200 mil pessoas melhorou com o programa. Foram investidos cerca de 6 milhões de euros em empresas através do A2E.
Exemplo disso é a entrada no capital da start-up SOLshare, do Bangladesh, que se dedica à criação e gestão de micro-redes elétricas, uma das soluções mais adequadas para comunidades remotas ou zonas de difícil acesso convencional de energia. A SOLshare foi criada pelo alemão Sebastian Groh, que se interessou pelo elevado uso de energia solar doméstica no Bangladesh. Escolheu o país para fazer uma pós-graduação em microenergia, e por lá ficou, contou Sebastian numa entrevista recente à EDP.
Fundo A2E com especial atenção a África
É em África que está a maior parte da população mundial sem acesso a energia elétrica, e é também nesse continente que a EDP mais tem atuado em iniciativas filantrópicas de apoio a comunidades, instituições ou projetos específicos, que cruzam o acesso à energia com a saúde, educação ou igualdade de género e oportunidades.
Lançado em 2018, com uma dotação anual de meio milhão de euros, o Fundo A2E vai na sua terceira edição. Este ano, o foco estará no Maláui, em Moçambique e em Angola, países que já tiveram projetos nas edições anteriores, mas também em Angola e no Ruanda, duas novidades da atuação do fundo.
No Fundo A2E há cinco grandes áreas temáticas para as quais a energia pode dar um contributo: Saúde, Água, Agricultura, Empresas e Comunidade. Os projetos são selecionados em função de critérios como impacto social, parcerias, sustentabilidade, potencial de expansão e número de beneficiários. Os apoios concedidos variam depois entre 25 mil e 100 mil euros.
Apoio reforçado durante a pandemia
A ajuda da EDP não se limita aos programas pré-definidos. Estamos atentos e empenhados, prontos a atuar sempre que é necessário, tal como aconteceu no último ano devido à pandemia de Covid-19. No seguimento de investimentos já feitos na SolarWorks!, de Moçambique, e na Rensource, da Nigéria, a EDP apoiou, em 2020, dois projetos locais através destas duas empresas.
Em Moçambique, a SolarWorks! entregou 35 máquinas de costura alimentadas a energia solar, doadas pela EDP, à congregação Salesianos. O objetivo era serem usadas para o fabrico de máscaras de proteção contra a transmissão do vírus. Foram ainda distribuídos rádios portáteis, para que a população pudesse ser informada das medidas de prevenção contra a Covid-19. Já na Nigéria, a Rensource distribuiu entre os seus trabalhadores - mas também em mercados locais e hospitais - equipamentos de proteção individual, higiene e desinfeção, também como forma de conter a propagação do vírus.
O Grupo EDP investiu 25 mil euros nestas duas iniciativas, parte de um investimento alargado, relacionado com a pandemia de Covid-19, em todas as geografias onde atua.
EDP com parcerias que permitem mudar o mundo
O tema do Acesso à Energia é muito importante para o grupo EDP. Ainda em março de 2021,a EDP Renováveis tornou-se membro da Fundação RES4Africa, a par da Schneider Electric e da Vestas. As três empresas já tinham uma parceria com a fundação através da renewAfrica, uma iniciativa que procurava estimular, a nível europeu, o envolvimento de investidores internacionais no mercado africano de energia, através das renováveis.
Na SEforALL, além da parceria institucional, a EDP integra áreas específicas em que esta organização está envolvida. Um exemplo é o High Level Impact Opportunities (oportunidades de grande impacto), uma plataforma que procura encontrar locais e formas em que a transição energética seja mais fácil e/ou tenha resultados mais diretos. A EDP está bastante ativa nessa plataforma da SEforALL, na área de criação de ‘mini-redes energéticas renováveis’. Com o seu know-how e soluções concretas no domínio das renováveis, a EDP contribui - em conjunto com os outros membros da área - para o desenho de planos de ação para projetos que sirvam o propósito do acesso à energia em regiões carenciadas um pouco por todo o mundo.
A EDP Renováveis é também um dos membros da Aliança para a Eletrificação Rural (Alliance for Rural Electrification no original), que está particularmente focada no acesso a energias renováveis em comunidades mais remotas, e em países com menor desenvolvimento. A EDP Renováveis é um dos mais de 175 membros desta plataforma multinacional que junta empresas do setor energético de várias áreas e dimensões, mas também bancos, ONG ou entidades públicas. O objetivo passa tanto por dar apoio ou consultoria como pela geração de parcerias, em que os responsáveis de um projeto encontrem as empresas e soluções certas para o implementar. Sempre com o acesso à energia em zonas remotas como prioridade.
As dificuldades que ainda existem no acesso à energia em determinadas zonas do globo, nomeadamente em África, podem agora tornar-se verdadeiras oportunidades de desenvolvimento a vários níveis. Com a constante evolução das renováveis, essas tecnologias limpas podem ser implementadas com maior facilidade, evitando o recurso a energias poluentes, a bem das populações, das economias e do planeta. É também nisso que a EDP, líder no sector das renováveis, está profundamente empenhada.