Corria o ano de 2010 quando Michael Brown começou a trabalhar na EDP Renováveis em Glasgow, Reino Unido. Esta é a sua cidade de berço. Nasceu e cresceu ali. Conhece a metrópole como a palma da sua mão. É a maior da Escócia, mas acabou por se tornar pequena para Michael.

Por isso, trinta e cinco anos depois despediu-se da sua terra natal e mudou-se com a família para Boston, EUA, em 2019.Este caminho surgiu com o programa de mobilidade interna da EDP, que existe à escala global. É uma forma de contribuir para o desenvolvimento e evolução dos colaboradores dentro da própria empresa e Michael não quis perder esta oportunidade.

Com o apoio da mulher e dos filhos, não pensou duas vezes em fazer as malas e “voar” para um novo projeto. Foi assim que chegou a oportunidade única de viver uma nova aventura, a uma distância de 4.877 km.

Agora, é a vez de Boston acolher Michael e a sua família. Esta cidade, repleta de história, foi palco do início da luta pela independência dos Estados Unidos, em 1775. Este lado cultural fascina Michael: está nos seus planos explorar as casas e prédios da época, que podem ser visitados numa caminhada na Freedom Trail, a começar pelo centro histórico.

Como CFO da Mayflower Wind Energy, Michael é responsável pelo financiamento e construção deste projeto eólico offshore. “Ainda estamos a dar os primeiros passos. Tenho estado a trabalhar na transição e, por isso, tenho feito algumas viagens entre Glasgow e Boston. Somos 7 colaboradores da EDP Renováveis a full time mas, até ao final do ano, podemos ser 14.” A equipa está em crescimento de forma a preparar o início das operações do projeto Mayflower, em 2025. 

Longe da azáfama turística de Boston, Michael optou por ficar em Cambridge, uma zona mais calma desta área metropolitana. Mudar-se de um continente para outro pode parecer assustador, mas Michael contou com o apoio da EDP em todo o processo de mobilidade, garantido assim uma transição mais tranquila para si e para a sua família.

“É uma ótima oportunidade para mim profissionalmente, mas também para a minha família. Assim os meus filhos conhecem outros sítios, vivem num sítio diferente. É ótimo. Encorajo sempre os meus colegas a experimentar algo novo”. 
Michael Brown, CFO da Mayflower Wind Energy (joint venture Shell/ EDPR)

A energia para ganhar asas

Apesar do friozinho na barriga que estas mudanças acabam sempre por provocar, as longas distâncias já não são um problema. Há tecnologias que nos aproximam cada vez mais dos nossos familiares e amigos e a saudade fica apenas à distância de um clique. Que o diga Sara Ramalho.

A trabalhar na direção de comunicação da EDP Portugal há mais de 5 anos como designer, Sara colaborava frequentemente com colegas da EDP Brasil. O contacto por e-mail e telefone sabia-lhe a pouco. Sempre simpatizou com os colegas paulistas, por isso abraçou o desafio de ir três meses para São Paulo e passou a dividir a secretária com os eles. 

“Nunca tinha vivido fora de Portugal e escolhi o Brasil porque é uma realidade totalmente diferente. É uma nova cultura, não conhecia o país e trabalho diariamente com os meus colegas de lá”. Para Sara, esta foi uma forma de quebrar a barreira que existe no oceano e agilizar todo o seu processo de trabalho, conhecendo a realidade da EDP Brasil. Foi uma experiência curta, mas repleta de momentos marcantes. Algo que começou logo no seu primeiro dia: “chegámos a um sábado. Era época de pré Carnaval. Andámos no meio de milhões de pessoas, foi uma correria”. Uma confusão que despertou a adrenalina de todos, mas que deu início ao livro de histórias da experiência em São Paulo.

“Aconselho vivamente a fazerem o programa de mobilidade. Acabamos por criar laços mais próximos com pessoas com quem, na verdade, trabalhamos diariamente. Quebramos a barreira geográfica e até o trabalho terá um resultado final muito melhor”
Sara Ramalho, Designer, EDP

Afinal de contas, Sara não era a única colaboradora em programa de mobilidade interna por ali. Marina Maldonado já tinha passado por esta experiência de “novata” há dois anos. “Remou” de Barcelona para São Paulo e adorou a forma como foi recebida, algo que tem vindo a retribuir a toda a gente que passa pela EDP Brasil. Sara não foi excepção. Já de volta a Portugal, a designer recorda os colegas com muito carinho e não se esquece do sorriso alegre e caloroso de Marina.

Com uma energia contagiante, Marina adora falar sobre a cidade e o que esta lhe oferece desde que chegou. “É tão diferente de Espanha. A cidade é diferente, as pessoas são diferentes. Aqui, em São Paulo, há muitas oportunidades. Este país dá-nos muita coisa”, diz com entusiasmo. Afinal de contas, esta é a oitava cidade do mundo com maior número de população. Tem cerca de 21 milhões de habitantes e, com o seu estilo cosmopolita, recebe mais de 196 nacionalidades.

Quando falamos da cozinha brasileira quase que conseguimos sentir o cheiro do carvão sobre o fogo, pronto a transformar-se em brasa.

“Estes churrascos não são apenas para comer, são um evento social. Tem música e tudo, adoro”, descreve.   Marina não se esquece que assim que chegou a São Paulo foi convidada pelos colegas a juntar-se ao grupo. Confessa que na altura não entendia se estavam a ser simpáticos ou se realmente queriam a sua companhia. Rapidamente percebeu que o convite foi genuíno. “Eles realmente queriam que eu fosse. Eles adoram reunir pessoas e fazer churrascos. Senti-me muito bem”, diz com um sorriso nos lábios.

Os momentos são diferentes, as cidades são distintas e as profissões exigem desafios variados, mas todos procuram o mesmo: a sensação de não estarem parados. É fácil absorver o espírito irreverente de Marina quando a ouvimos falar de tudo o que ainda quer fazer. Já viajou dentro e fora do Brasil e não faz ideia do que o destino lhe reserva. Por agora, adora o que está a fazer como Analista Sénior e quer ficar em São Paulo, mas não sabe por quanto tempo.

 

Para além da experiência profissional

De volta a Portugal, Sara já sente saudades das amizades que deixou no Brasil e do que aprendeu. “Na EDP Brasil, a empresa é totalmente diferente da de cá. O ritmo de trabalho é diferente, é mais intenso, mais rápido por causa da pequena dimensão. Senti uma grande exigência a nível profissional e foi marcante. Gostava de voltar ou de ir para outro lado, quem sabe.”

Também entregue a uma experiência sem restrições está Ana Pedrosa, uma portuguesa setubalense em Espanha. Começou em Lisboa nos serviços de Recursos Humanos (RH), passou pela EDP Renováveis em Madrid e acabou por se instalar na EDP Espanha, em Oviedo.

O choco frito de Setúbal foi trocado pelas tapas de nuestros hermanos e Ana não podia estar mais satisfeita com a mudança. Oviedo, a capital do Principado das Astúrias, consegue ser encantadora. O seu charme é revelado nas diversas esculturas espalhadas pela cidade. Há até quem diga que passear por Oviedo é como visitar um museu a céu aberto. E como é agradável andar a pé, passando pelos palácios, praças e ruas estreitas.

“Adoro Oviedo. A cidade é linda e tem tudo, apesar de ser pequena. As paisagens são lindas e é muito fácil de trabalhar aqui. Só gostava de ter mais dias de sol”.
Ana Pedrosa, diretora do departamento de Organização e Desenvolvimentos dos Recursos Humanos, EDP Espanha.

Ana sempre procurou ter uma experiência internacional para perceber como as políticas de Recursos Humanos podem ser ajustadas aos negócios. Além disso, gosta da oportunidade de estar na mesma empresa, mas conhecer outros países e participar em diferentes projetos. Apesar da relação próxima com Oviedo, Ana confessa sem hesitação que este não é um poiso definitivo: “Depende de onde o próximo projeto me levar”.

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Como acompanhar as exigências do futuro

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Já Luís Vaz de Camões escrevia que o mundo é composto de mudança e nada fica igual. E nada deve ficar igual. É preciso acompanhar as novas vontades que surgem com as gerações mais novas. Os Millennials têm sido verdadeiros agentes de mudança nos novos estilos de vida pessoais e profissionais.

Por isso, a EDP tem procurado responder aos desafios atuais, reforçando uma cultura de partilha de conhecimento entre colaboradores com diferentes experiências e backgrounds.

Com uma dimensão cada vez mais global, estando presente em 4 continentes, o Grupo tem apostado nos programas de mobilidade interna, de curto e longo prazo.

“Hoje em dia as pessoas querem trabalhar em empresas que não as obriguem a terem o mesmo trabalho para a vida. As novas gerações já entram quase a perguntar o que podem fazer a seguir. A forma de as motivar é mostrar que temos sempre novas oportunidades sem terem de sair. Aqui podem trabalhar em diferentes culturas e diferentes negócios”.
José Pedro Borges, People Experience Unit, Grupo EDP

O caminho da mudança

Nos últimos quatro anos, a EDP tem vindo a impulsionar a mobilidade interna. “Começámos a perceber que estas oportunidades deviam ser mais divulgadas numa ótica que fosse para além do conceito puro e duro de mobilidade.” É desta forma que José Pedro explica o caminho que o Grupo tem feito para um conceito de  maior colaboração.

Para tal, em 2019 a EDP lançou a plataforma “Grow”, que consiste num market place interno onde estão divulgadas todas as oportunidades, sejam elas de curto ou de longo prazo. Qualquer pessoa da empresa pode usar o Grow e lançar, ou, candidatar-se a uma tarefa. José Pedro exemplifica: “É uma espécie de Linkedin. Cada pessoa tem o seu perfil e competências associadas. Se precisarmos de ajuda em algum projeto podemos procurar quem se adequa melhor”.

O contacto é direto e poupa tempo em burocracia. Essa é a principal vantagem da plataforma, que caminha para uma lógica de maior colaboração e de maior interação entre os vários colaboradores.

Para José Pedro, o Grow vem responder a uma dificuldade que os colaboradores sentiam: encontrar facilmente propostas de mobilidade dentro da empresa. Depois do lançamento do Grow “sentimos que há muito mais movimento na organização e de forma mais rápida. Além disso, nos últimos anos, temos tido cerca de 10% de colaboradores em regime de mobilidade interna. Estamos a falar em mais de mil pessoas por ano que se movimentam dentro da organização”. 

A mobilidade interna é uma ferramenta poderosa, seja para as empresas ou para os colaboradores. Desta forma, consegue manter-se a curiosidade e a vivacidade de cada um, sem sentirem necessidade de sair e procurar oportunidades fora da empresa. A transferência de conhecimento é fluída e, sendo a mobilidade parte integrante da cultura da própria empresa, a felicidade e cooperação reflete-se nos corredores dos escritórios, nas salas de reunião e nos almoços da copa.

Já lá vai o tempo em que se sonhava ter o mesmo trabalho para a vida. Ao conhecermos as histórias de Michael, Sara, Marina e Ana assistimos a uma vontade cada vez maior de testar limites, de viver desafios empolgantes e o desejo de conhecer diferentes culturas. Sonha-se agora com um futuro sem limites.