A EDPR inaugurou recentemente mais um parque híbrido em Portugal.
Localizado nos concelhos de Penela e Ansião, região centro do país, este projeto combina energia eólica e solar no mesmo local, sendo o segundo do género em operação em Portugal.
Depois de inaugurar, no ano passado, na região do Sabugal, o seu primeiro parque híbrido - o primeiro do género na Península Ibérica - a EDPR avançou agora com a inauguração de mais um parque híbrido em Portugal. A unidade, que se encontra adjacente ao Parque Eólico de São João, em operação desde 2008, com 22,8 MW de capacidade, tem como nova adição a Central Solar Fotovoltaica Monte de Vez, com 21 MWp e uma produção anual estimada de 31,4 GWh. Com a combinação destas tecnologias, o complexo passa a ter uma capacidade total de produção de 79 GWh por ano, que seria suficiente para abastecer cerca de 23 mil famílias na região, anualmente.
Composta por 36 mil painéis bifaciais instalados junto aos 13 aerogeradores do parque eólico, a nova unidade otimiza a rede elétrica existente, garantindo um fornecimento mais constante de energia graças à complementaridade entre a produção eólica e solar. Estima-se, também, que evite a emissão de 40 mil toneladas de CO2 por ano, contribuindo significativamente para a descarbonização da região.
Situados nos concelhos de Penela (distrito de Coimbra) e Ansião (distrito de Leiria), estes parques reforçam os investimentos da EDP na zona centro do país, onde já opera mais de 280 MW em energia eólica. Este novo parque híbrido destaca-se como parte da estratégia da EDP para acelerar a transição energética em Portugal, seja investindo em novos projetos renováveis ou otimizando os existentes.
“É com orgulho que voltamos a ser pioneiros em Portugal e colocamos em operação o segundo parque híbrido do país, aproveitando o vento e o sol da região para aumentar o consumo de energia renovável. Este projeto faz parte da estratégia da EDP de continuar a acelerar a transição energética nacional, seja ao investir em novos projetos renováveis ou a otimizar aqueles que já têm servido as regiões onde se encontram. Vamos continuar a desenvolver projetos híbridos em Portugal e esperamos implementar mais 700 MW em projetos semelhantes, nos próximos anos”, afirma Hugo Costa, responsável da EDPR em Portugal.
A hibridização de ativos existentes, combinando tecnologias como eólica, solar e hídrica e/ou de energia, emerge como uma estratégia fundamental para o crescimento das energias renováveis. Ao utilizar e partilhar entre duas ou mais tecnologias as infraestruturas elétricas já existentes, não só aumenta a eficiência destes projetos como promove a estabilidade de custos e ainda reduz o impacto ambiental e paisagístico.
"O parque é composto por 36 mil painéis bifaciais instalados junto a 13 aerogeradores"
Portugal tem evidenciado o êxito das energias renováveis: desde 1 de janeiro até 12 de março as renováveis abasteceram 88% do consumo nacional. Segundo dados publicados pela REN, a produção de energia renovável em Portugal atingiu novos máximos no início de 2024, tendo alcançado valores recorde na hídrica e na solar. “Atingiu-se um novo pico de produção de energia solar, com 1976 MW; e o novo máximo histórico de produção de energia hidroelétrica, 7280 MW, no dia 11 de março, ultrapassando o anterior máximo de 6907 MW”, refere a REN. Porém, o país enfrenta desafios para manter essa trajetória de descarbonização: a demora no licenciamento, burocracia nos processos e a disponibilidade limitada de recursos, como mão de obra e matéria-prima, são obstáculos a superar.
Apesar desses obstáculos, a EDP, alinhada com o compromisso com a transição energética de Portugal, avança em diversas frentes. Está previsto um investimento de mais de 850 milhões de euros, nos próximos três anos, para impulsionar a transição do país para energias limpas, consolidando-se como um dos principais agentes de descarbonização.
O grupo tem sido um ator decisivo em projetos inovadores, como o encerramento da central de Sines, onde agora está a desenvolver projetos de hidrogénio com uma meta ambiciosa de 1,5 GW de capacidade de eletrólise até 2030. No setor offshore, é pioneiro com o projeto WFA (25 MW). Destaca-se também em Alqueva, sendo pioneiro na hibridização em Portugal, reconhecendo o potencial desta abordagem para equilibrar preços de energia, otimizar infraestruturas e reduzir a pegada ambiental.
Além disso, a EDP é líder em projetos híbridos, tendo sido a primeira empresa a operar um projeto híbrido eólico e solar em Portugal, tendo expandindo essa inovação para outros países como Espanha, Roménia e Polónia.
Portugal: um ano de sucesso
A EDPR celebra um ano de conquistas com o seu primeiro parque híbrido da Península Ibérica, localizado no Sabugal, atingindo marcos na produção de energia sustentável. Ao longo do último ano, o projeto demonstrou um bom desempenho, gerando 37,4 GWh de eletricidade, o suficiente para abastecer cerca de 11 mil famílias.
Um dos pontos fortes é o significativo aumento na eficiência de produção quando comparado a um parque eólico convencional. O híbrido superou os 23 GWh que o parque eólico produzia anualmente sem a adição de energia solar. Além disso, evitou a emissão de 19 mil toneladas de CO2 no seu primeiro ano de operação.
O mês de agosto foi o período de maior produção do híbrido, alcançando 3,9 GWh. Em julho, a componente solar atingiu a sua produção máxima, contribuindo com 1,8 GWh, enquanto janeiro viu o componente eólico liderar com uma produção de 3,1 GWh. Um marco essencial foi o aumento significativo no fator de utilização da rede: com a introdução dos 17 mil painéis solares, esse indicador aumentou de uma média entre 20% a 40% para uma consistente taxa acima dos 40%, chegando a atingir os 60% em vários meses.
O sucesso deste primeiro ano reforça o compromisso contínuo da empresa na promoção da energia híbrida como uma solução eficiente. Este projeto pioneiro sinaliza o caminho para um futuro mais verde e reforça o papel vital dos parques híbridos na produção de energia renovável.
Espanha: primeiro projeto híbrido eólico-solar já entrou em operação
Com o lançamento do primeiro projeto híbrido em Espanha, em fevereiro, a EDPR deu um passo crucial para diversificar e intensificar a produção de energia renovável neste país.
O projeto, denominado “Cruz de Hierro”, localizado em Ávila, alcançou um feito ao ser conectado à rede no início deste ano.
“O primeiro parque híbrido eólico-solar do país demonstra o espírito pioneiro da EDPR, uma vez que fomos a primeira empresa a obter autorização para operar estes projetos em Espanha e Portugal. Com este híbrido, a empresa maximiza a geração de energia das duas tecnologias, aumentando a estabilidade da rede e garantindo um fornecimento constante de energia. Vamos continuar a desenvolver soluções sustentáveis que otimizem a utilização dos valiosos recursos naturais de Espanha”, afirmou Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP.
Esta é uma colaboração ambiciosa composta por 22 aerogeradores, totalizando 14,5 MW de capacidade e uma central fotovoltaica com 14,25 MWp. Agora, com mais de 25.000 painéis solares fotovoltaicos bifaciais instalados no mesmo local, o complexo aumentará significativamente a produção de energia renovável naquele local, com uma capacidade instalada combinada de 28,75 MW. Juntos, irão produzir 58 GWh, o suficiente para abastecer aproximadamente 17 mil habitações e evitará mais de 24.000 toneladas de CO2 por ano, o equivalente à captura de mais de 40.000 árvores adultas.
“Colocar em operação o primeiro projeto híbrido de Espanha reforça o nosso compromisso em desenvolver projetos pioneiros de energia limpa de maneira eficiente e sustentável num mercado-chave para a EDPR. Depois de implementar projetos semelhantes em Portugal e na Polónia, estamos satisfeitos por poder trazer soluções diferenciadoras para a transição energética espanhola”, conclui Miguel Stilwell d’Andrade.
A EDPR espera colocar outros dois parques híbridos em operação em Espanha nos próximos meses e possui mais de 15 projetos de hibridização eólicasolar em desenvolvimento, que devem adicionar mais de 230 MW de capacidade renovável a Espanha nos próximos anos. Este país continua a ser um mercado estratégico para a EDP, onde a empresa tem uma capacidade instalada de quase 2 GW entre energia solar e eólica, 444 MW em energia hídrica e onde a empresa está também a desenvolver projetos de hidrogénio verde.
Polónia: o terceiro projeto híbrido instalado a nível mundial
O parque fotovoltaico de Konary é o quarto maior da Polónia e foi pioneiro na Europa Central e de Leste, ao combinar duas fontes de energia renovável no mesmo local. Foi adicionado em agosto de 2023, aos terrenos junto ao Parque Eólico de Pawlowo que já existia, marcando o início de uma nova era para a Polónia no que diz respeito à produção de energia.
Com uma capacidade de 79,5 MW, o parque eólico integra-se de forma harmoniosa com a central fotovoltaica Konary, que conta com cerca de 70.000 painéis fotovoltaicos em mais de 55 hectares, com 45 MWp, consolidando um modelo híbrido poderoso e eficiente.
O potencial deste projeto híbrido reflete-se na sua estimativa anual de produção, capaz de fornecer eletricidade suficiente para aproximadamente 20 mil casas. Durante a sua vida útil de, pelo menos, 25 anos, o parque fotovoltaico de Konary deve substituir a utilização de cerca de 350.000 toneladas de carvão para a produção de energia, assim como evita a emissão de cerca de 840.000 toneladas de CO2 para a atmosfera.
Ao introduzir na Polónia o primeiro projeto híbrido, a EDPR demonstra um compromisso firme com a inovação e a adoção de tecnologias avançadas para enfrentar os desafios da transição energética. Não só posiciona a Polónia no mapa das energias renováveis, mas também serve como inspiração para outros países que procuram diversificar as suas fontes de energia.
Desde 2008, quando a EDPR iniciou as suas operações na Polónia, a empresa já concluiu projetos com uma capacidade de quase 900 MW, demonstrando o forte empenho em acelerar a transição energética no país.
Estando o grupo presente em quase todo o mundo – Europa, Ásia, América do Norte e América Latina, Austrália – até 2026, pretende investir 25 mil milhões de euros no desenvolvimento e implementação de energias renováveis em todo o mundo, dos quais 40% são destinados à energia eólica em terra e outros 40% à energia solar em grande escala.
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