Gerir ansiedade e emoções no trabalho: psicólogos Inside Out
03 Dez 2024
10 min

 

É normal sentirmo-nos ansiosos? Na dose certa, os especialistas dizem que sim.

Dacher Keltner e Lisa Damour, dois reconhecidos psicólogos que trabalharam nos filmes Inside Out, responderam às perguntas da EDP numa palestra recente, integrada na campanha Mind Your Mind. Empatia, gratidão, saber ouvir, lidar com as emoções, mas também descansar e fazer pausas são as chaves para lidar com as emoções, tanto no trabalho como fora dele.

A Riley é uma rapariga de 13 anos, desportiva e divertida, a entrar na adolescência, a lidar com as suas emoções, antigas e novas, e a tentar descobrir o seu lugar, o seu papel no mundo. Não podia estar mais longe da nossa vida e do nosso trabalho na EDP, a liderar a transição energética e a lutar pelo planeta, certo? Errado! Embora a adolescência possa parecer uma memória distante, ajudou a definir-nos, acabando por nos trazer ao momento atual, com todas as emoções ainda bastante ativas na nossa mente. É essa a magia de Inside Out, da Disney, que nos permite olhar para dentro de nós próprios, e foi por isso que trouxemos os psicólogos Dacher Keltner e Lisa Damour, consultores desses filmes, a uma sessão aberta com a EDP, para falar sobre as emoções, o que nos ensinam, como lidar com elas e porque é que é normal sentirmo-nos ansiosos, seja no trabalho ou na vida pessoal.

“Reconhecemos atualmente que o trabalho é emocional. Ficamos ansiosos, discutimos, maltratamos uns aos outros, amamo-nos, apaixonamo-nos. Há toda esta emoção a acontecer no local de trabalho”, resume Dacher Keltner, professor de Psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. A sua mensagem sobre este tema vasto e profundo é clara: “As emoções transmitem a sabedoria dos tempos, as nossas experiências de emoções dizem-nos o que realmente importa”. E o que definitivamente importa é experimentar também as emoções 'más', sejam elas a raiva, a frustração, a ansiedade, a tristeza, mas sempre na proporção certa, sem nos deixarmos levar por elas. “Os locais de trabalho precisam de ser inteligentes em relação às emoções, é tão importante como qualquer outra competência que se possa cultivar em locais de trabalho saudáveis e produtivos”, descreve Dacher.

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Ficamos ansiosos, discutimos, maltratamos uns aos outros, amamo-nos, apaixonamo-nos. Há toda esta emoção a acontecer no local de trabalho.

Dacher Keltner, professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley

Uma vez que o Inside Out 2 se centra no início da adolescência, a psicóloga clínica Lisa Damour foi convidada a colaborar com a Disney para a ajudar a lidar com as emoções fervilhantes desta idade, a sua área de especialização. As emoções também podem ferver na idade adulta, especialmente no local de trabalho, por isso Lisa destaca três ações que podem ajudar a navegar nessas águas: empatia, ouvir e descansar. “A empatia começa em ouvir, e é difícil, por isso a primeira coisa a fazer é ouvir realmente”, explica Lisa, “se tivermos ouvido verdadeiramente, vamos sentir-nos empáticos, vamos compreender de uma forma diferente o que a pessoa está a transmitir”. Isto pode ajudar a desbloquear a ansiedade e as situações de stress.

Algumas emoções negativas podem surgir quando trabalhamos demasiado ou quando nos sentimos culpados por acharmos que deveríamos trabalhar mais. É aqui que entra a importância do descanso. Como Lisa explica: “Vai-se ao ginásio, levanta-se pesos e ganha-se força dessa forma. Mas só o conseguimos manter se descansarmos o suficiente para que os músculos recuperem. Por isso, parte da forma como construímos a resiliência é, na verdade, proteger a recuperação”. A psicóloga sublinha que “as pessoas que levam o treino a sério não se sentem mal quando descansam o corpo”, e o mesmo se aplica ao trabalho. Isto leva-nos de volta a Dacher e à ciência por detrás das emoções: “Há partes do nosso sistema nervoso, como o nervo vago, que são ativadas e nos ajudam a descansar. E são ativadas por emoções como a admiração, a diversão e o riso”.

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A importância de um ambiente de trabalho seguro 

Há muito que a EDP promove ativamente a saúde mental e o bem-estar na empresa, com várias ferramentas, benefícios e iniciativas para os colaboradores. Mind Your Mind, a campanha interna da EDP através da qual foi organizada esta sessão, faz parte desse profundo entendimento de que a promoção de um espaço de trabalho seguro é crucial para o sucesso a longo prazo de uma empresa. “Estou interessada em que as empresas adotem políticas preventivas que reduzam o stress geral”, continua Lisa, "porque sabemos que funcionam mesmo, como ajudar os colaboradores a terem acesso a bons cuidados de saúde quando precisam". E tudo isto tem muito a ver com a expressão de emoções, a saber ouvir os outros e apoiá-los. “Se conseguirmos criar culturas de respeito, permitir ouvir e ter literacia sobre as emoções no trabalho, que são intensas, as pessoas trabalham melhor, os dias de baixa são minimizados, as pessoas tornam-se mais criativas”, explica a psicóloga clínica.

Dacher Keltner também destaca a importância de um local de trabalho aberto em relação a este tema: “Mesmo para as emoções mais difíceis numa organização, o que é preciso fazer é criar um contexto para ouvir. É preciso dar-lhes nome”. Dar nome a uma emoção, a um sentimento, dizer algo quando nos sentimos stressados, sobrecarregados ou frustrados, é o primeiro passo para abordar essa mesma emoção, estabelecendo um limite para o seu alcance e consequências.

A maior parte das emoções são universalmente compreendidas

Um local de trabalho também pode ser muito diversificado em termos de pessoas, com diferentes interesses, opções e estilos de vida, ou mesmo culturas. A EDP é um ótimo exemplo de diversidade no local de trabalho, com dezenas de nacionalidades representadas nos nossos mais de 13.000 colaboradores nas quatro regiões globais em que estamos presentes. E promovemos sempre a experiência de trabalhar no estrangeiro, quer seja apenas por algumas semanas ou por vários anos. Isto pode ser um desafio em termos de comunicação, de compreender os outros e de lidar com as emoções. Mas Dacher tem uma mensagem tranquilizadora: “A nossa investigação revela que cerca de 50% a 60% das nossas emoções são universais. Por isso, se tratarmos as pessoas com bondade em todo o mundo, elas vão sentir isso, vão ver isso, vão detetar isso. Lecionei em dezenas de culturas e, se ensinarmos empatia, saber ouvir, gentileza, respeito, gratidão e força, há uma grande universalidade nisso”.

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A maior parte das organizações tem uma missão ou uma declaração de missão. recordar as pessoas dessa missão e mantê-las fiéis a ela será uma óptima forma de fazer com que as pessoas se comportem da melhor maneira, tanto para a organização como para os indivíduos.

Lisa Damour, psicóloga clínica e escritora

Por outro lado, pessoas diferentes podem ter formas de pensar e valores contrários. É por isso que é importante estabelecer linhas de orientação e definir os comportamentos esperados. Para Dacher, “estamos no limite dos desafios da liberdade de expressão, e os princípios da liberdade de expressão e da cultura organizacional têm a ver com a gestão destas emoções difíceis de conflito”. De acordo com o professor de Psicologia, “cada organização tem acordos ou princípios diferentes sobre o discurso. Não se deve gritar com as pessoas, não se deve chamar-lhes nomes, não se deve desumanizar, não se deve usar certos tipos de palavras”. Dá o exemplo do livro “The No Asshole Rule”, de Bob Sutton, que descreve 12 comportamentos que não devem ser permitidos numa organização.

Para além do “tratamento civilizado dos colegas”, Lisa Damour aponta outra ação que pode promover um bom ambiente de trabalho: mission statements, as declarações de missão. “A maior parte das organizações tem uma missão ou uma declaração de missão”, diz Lisa, "recordar as pessoas dessa missão e mantê-las fiéis a ela será uma óptima forma de fazer com que as pessoas se comportem da melhor maneira, tanto para a organização como para os indivíduos que a integram". O lema da EDP é ‘Our energy and heart drive a better tomorrow’, a nossa energia e o nosso coração conduzem a um amanhã melhor, o que se coaduna bem com esta ideia de bem comum. “O que me agrada nas declarações de missão é o facto de as pessoas se terem comprometido com elas. Não são impostas de repente, a partir do exterior”, acrescenta.

A era das emoções no local de trabalho

As últimas décadas trouxeram uma grande mudança nas empresas, para melhor, e a saúde mental é apenas uma delas. Dacher Keltner afirma que o ambiente empresarial “é simplesmente mais diversificado. Há mais mulheres na força de trabalho do que havia há 60 anos, radicalmente mais, mais pessoas de cor, mais diversidade internacional. E também, sabe, reconhecemos agora que o trabalho é emocional”.

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As pessoas têm diferentes exigências que realmente ameaçam sobrecarregá-las de stress, e as empresas podem criar políticas que façam realmente a diferença em termos de tornar essas coisas geríveis.

Lisa Damour, psicóloga clínica e escritora

A pandemia também deu voz a outras situações específicas, como as situações familiares, as dificuldades financeiras, os problemas de saúde ou a importância do trabalho à distância. “Estamos a ver as empresas a tornarem-se muito mais receptivas aos desafios e a trabalharem mais para apoiar as pessoas na gestão desses desafios através de coisas como horários de trabalho flexíveis, dias livres pagos”, salienta Lisa. Para a psicóloga clínica, “as pessoas têm exigências diferentes que ameaçam sobrecarregá-las com stress e as empresas podem criar políticas que fazem uma enorme diferença em termos de tornar essas questões geríveis”. Este é também um aspeto em que a EDP está constantemente a trabalhar, com várias opções e benefícios disponíveis para diferentes 

Cultivar a inteligência emocional

Tudo se resume à forma como lidamos com as nossas emoções e as utilizamos em nosso benefício, o que se reflete nas nossas ações diárias e no contributo que damos aos outros. Um local de trabalho é mais do que uma secretária e uma cadeira; é construído com base na comunicação, no trabalho de equipa e num objetivo comum. Como refere Dacher Keltner, “sabemos que no trabalho, se tivermos fortes laços de amizade, subimos de estatuto e aproximamo-nos de áreas de inovação”. Segundo Keltner, isto representa uma grande mudança na vida organizacional: “é como uma família, é como uma comunidade, deve ter amizades fortes e ser alimentada”.

Centrando-se na ansiedade - uma das personagens principais de Inside Out 2 e também o tema da conversa de Dacher e Lisa na sessão Mind Your Mind -, uma emoção frequentemente presente no local de trabalho, Lisa explica a diferença entre ansiedade saudável e não saudável. “A ansiedade saudável é quando estamos ansiosos com uma ameaça real e estamos ansiosos em proporção à ameaça - é isso que nos mantém seguros. Ansiedade pouco saudável é quando se está ansioso sem qualquer razão. Se tem uma apresentação importante a aproximar-se no escritório, deve sentir alguma ativação, alguma sensação de que deve preparar-se. Ter um ataque de pânico não vai ajudar”. De seguida, enumera algumas das opções: “A forma como queremos abordar esta questão é: se falar e pensar sobre o assunto e enfrentá-lo diretamente ajudar a reduzir o sentimento, ótimo. Se quanto mais se fala sobre o assunto, quanto mais se pensa nele, pior é a sensação, procure uma distração, pense noutra coisa, decida que é apenas um sentimento”.

Dacher
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Procure fazer pausas com amigos no trabalho, partilhar comida, sair, ir a um evento desportivo, praticar a gratidão com os amigos, aproveitar momentos nas organizações para expressar apreço por um colega.

Dacher Keltner, professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley

Distrair é fundamental quando o trabalho é exigente ou quando temos tendência para nos sentirmos sobrecarregados. Dacher lembra-nos que “evoluímos como espécie para sermos muito emocionais e também para sermos muito sociais”. Por isso, podemos “procurar fazer pausas com amigos no trabalho, partilhar comida, sair, ir a um evento desportivo, praticar a gratidão com os amigos, aproveitar momentos nas organizações para expressar apreço por um colega”. Mesmo as “micro pausas” no trabalho, “alguns minutos de exercícios em equipa”, podem ser estimulantes. Para Dacher Keltner, “esta nova ciência da mindfulness ou do bem-estar fez muitos progressos na compreensão da ansiedade colectiva e da produtividade no trabalho. Trata-se de um conjunto de competências a cultivar, que envolve a prática da respiração em conjunto, um contacto partilhado, uma forma de apreciação ou gratidão e práticas de empatia".

A vida traz vários tipos de desafios, não apenas o trabalho ou as relações, mas também os filhos, a política, as questões sociais e as preocupações com o clima, que são especialmente importantes para a EDP. Mas segundo Lisa Damour, isso não é um grande obstáculo. “Fomos feitos para isto, os humanos foram concebidos para suportar o desconforto. Podemos começar a sentir que devemos ser frágeis, e por vezes somos, e procuramos cuidados adicionais. Mas acima de tudo, fomos feitos para a disrupção, para o desconforto, para o suportar e aprender com ele, para crescer através dele, e não é preciso ter medo do desconforto”.
 


 

3 perguntas para...

Lisa Damour

Psicóloga clínica e autora

 

Dacher Keltner

Professor na Universidade de California, em Berkeley

1. É adequado sentir emoções diferentes, é adequado não estar bem. Mas, por outro lado, o que é que não é adequado?

Dacher: Penso que Aristóteles acertou nisso, ele achava que as paixões faziam parte da ética e da vida bem vivida. E disse: precisamos de todas as emoções - raiva, medo, dor e tristeza -, mas têm de ser na medida certa. Por isso, não faz mal estar zangado numa negociação. Mas não é adequado dar um murro em alguém. Se é um líder e está frustrado, não deve descarregar nos funcionários ou na sua equipa. Por isso, temos de mostrar as nossas emoções às pessoas certas, no contexto certo. Podemos estar ansiosos com o relatório trimestral de resultados, o que é apropriado, mas provavelmente não devemos estar ansiosos com coisas que não podemos controlar. Temos estes sentimentos e a nossa tarefa é refletir com a razão: 'Será esta a intensidade certa da emoção?', 'Deveria estar a sentir esta emoção em relação a esta pessoa?'. E quando fazemos realmente esse trabalho, ficamos numa posição muito boa. Estamos a confiar nas nossas emoções.

Lisa: O que não é adequado é lidar com uma situação de forma pouco saudável. Claro que toda a gente vai sentir angústia como parte de uma semana normal. E depois, claro, acontecem coisas terríveis, como a morte de um colega, e toda a gente sente ainda mais angústia. A angústia é um facto consumado, vai acontecer, não há como evitá-la. O que importa é a forma como lidamos com ela. Há uma forma saudável de lidar com a situação e uma forma não saudável. Lidar de forma saudável é falar sobre os sentimentos, ir correr, confortarmo-nos, encontrar uma breve distração, se necessário. Lidar de forma pouco saudável é recorrer a substâncias, ser duro consigo próprio, castigar-se ou ser duro com outras pessoas como forma de gerir o desconforto emocional. Por isso, não é na angústia que os psicólogos se concentram, nós contamos com isso, o que nos interessa é a qualidade do lidar com a situação.

2. Emoções como a tristeza ou a ansiedade são por vezes vistas como negativas, mas são cruciais nos filmes Inside Out. Que emoção desafiante ou difícil é importante no local de trabalho?

Dacher: A raiva é uma boa opção, certo? Sabemos que o grau certo de raiva, no contexto certo, em relação às pessoas certas, é provavelmente saudável. Se o salário for injusto numa organização e as pessoas se sentirem zangadas e protestarem, conseguirão criar circunstâncias mais justas. Se estivermos numa negociação e mostrarmos raiva, saímo-nos melhor na negociação. Se estivermos zangados por estarmos a ser intimidados no trabalho e protestarmos, tudo correrá melhor, produzirá circunstâncias mais justas no trabalho. A raiva é um exemplo muito bom porque muitas pessoas diriam que não devemos ter raiva no local de trabalho, mas o grau apropriado mantém as organizações justas e confiantes.

Lisa: Vamos passar por momentos em que nos sentimos frustrados e desiludidos. Preocupamo-nos, mas a presença da frustração ou da desilusão não deve ser motivo de inquietação por si só, pois isso vai acontecer. O que importa é o que acontece a seguir. A pessoa está frustrada, grita com toda a gente ou reflete sobre a origem da frustração e arranja uma solução que tenta oferecer aos outros? Desiste e afasta-se de um projeto difícil ou permite-se sentir a desilusão e depois segue em frente e tenta novamente? É importante, muito importante, trabalhar com o pressuposto de que as emoções negativas são naturais e inevitáveis. As pessoas metem-se em sarilhos quando ficam chocadas e zangadas por estarem a sentir uma emoção negativa e depois tentam descobrir como fazer com que isso não volte a acontecer. Essa não é uma estratégia vencedora.

3. Que conselho daria a um jovem profissional que está a começar? Seria o mesmo para um trabalhador a meio da carreira ou perto da reforma?

Dacher: Há verdades universais sobre a emoção que aprendemos, que eu ensino a pessoas de todas as idades nas organizações: ouvir, praticar a empatia, exprimir-se claramente, exprimir gratidão e emoção. Contar histórias divertidas, ser engraçado e brincalhão, e usar a imaginação. Praticar a bondade e a partilha. Ser forte se as pessoas pressionarem, ripostar. Todas estas são lições emocionais que se aplicam a diferentes fases da vida de forma bastante eficaz. A pessoa jovem na pergunta, penso que deveria ser um pouco mais empática. Deve aumentar o poder de escuta, fazer perguntas e observar as pessoas à sua volta, porque está a aprender mais, certo? Depois, à medida que envelhecemos, penso que nos devemos tornar um pouco mais reflexivos e apreciar tudo o que aconteceu na nossa vida.

Lisa: Penso que seria o mesmo em todas as fases da vida, a nossa capacidade de lidar com emoções desconfortáveis depende da forma como estamos a cuidar de nós próprios. Se não dormirmos, se não descansarmos bem, se não aproveitarmos o tempo livre, se estivermos sempre a trabalhar e exaustos, quando as coisas correrem mal, como sempre acontece, isso vai atingir-nos com muita força e será difícil gerir. As emoções negativas vão acontecer de qualquer maneira, e o que precisamos de fazer é viver as nossas vidas de uma forma que nos prepare para essa realidade. Para que, quando um negócio falhar ou um trabalhador cometer um erro terrível, dormimos o suficiente e sentimo-nos suficientemente bem para não reagirmos de forma a piorar a situação para todos os envolvidos.

 

Nascido no México e criado na Califórnia, Dacher Keltner é professor de Psicologia em Berkeley, diretor do Berkeley Social Interaction Lab e codiretor do Greater Good Science Center. É autor de vários livros sobre emoções, desde o poder e a influência até à bondade e admiração. 

Nascida no Colorado e a viver no Ohio, Lisa Damour é psicóloga clínica e conselheira sénior do Schubert Center for Child Studies, da Case Western Reserve University. É co-apresentadora do podcast Ask Lisa e, sendo uma especialista em adolescência, os seus vários livros centram-se nesse período da vida.