A geração distribuída está a tornar-se prioritária na estratégia da EDP no Brasil. Ainda em 2023, a empresa deve dobrar a sua capacidade instalada nesta modalidade, chegando a mais de 200 MW até o final do ano. Até 2026, um investimento com cerca de R$ 2,3 mil milhões. energía.
Com as recentes atualizações no plano estratégico do grupo EDP, incluindo o investimento de R$ 30 mil milhões no Brasil nos próximos cinco anos, a energia solar é vista como prioridade da companhia no país, com o objetivo de chegar a mais de 500 MW de capacidade instalada até 2026.
A energia comercializada pela empresa em geração distribuída cresceu 50% no ano passado em comparação com 2021. A empresa também fechou 2022 com um aumento de 252% na quantidade de clientes de geração distribuída em relação ao ano anterior. Já em capacidade instalada, 2022 fechou com 86 MW. Neste momento, estão em construção mais 130 MW, que devem entrar em operação ainda este ano, mais que duplicando a capacidade instalada e chegando a 200 MW.
“Até 2026, devemos investir cerca de R$ 2,3 mil milhões em geração distribuída. No ano passado, dedicámo-nos a desenvolver soluções que nos fizeram avançar neste segmento e o objetivo é continuarmos a crescer, impulsionando a transição energética. O Brasil é líder mundial em geração solar distribuída, e isso é inédito. Não existe país no mundo em que a geração solar descentralizada seja maior que a geração eólica e solar de grande escala. E essa é uma oportunidade e uma das nossas prioridades”, reforça João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.
O executivo refere-se a dados divulgados em março pelo Ministério de Minas e Energia de que, em apenas dois meses, a capacidade instalada da geração distribuída solar no país cresceu 1 GW, atingindo 18 GW.
Desta forma, a energia solar torna-se a segunda maior fonte de potência do Brasil, com um total de 26 GW, atrás apenas da geração hidroelétrica.
“O nosso foco tem sido oferecer um produto moderno, acessível e inclusivo, facilitando o acesso, principalmente de pequenas empresas, à energia solar. Com isso, contribuímos para tornar muitos negócios mais sustentáveis tanto do ponto de vista da descarbonização, impulsionando o uso de fontes renováveis, como do ponto de vista financeiro, já que o uso da geração distribuída pode gerar uma economia de 10% a 30% na conta de energia”, explica Marques da Cruz.
Geração distribuída solar é o termo dado à energia elétrica gerada em centrais fotovoltaicas no local de consumo ou próximo. No Brasil, entretanto, a regulação definiu um conceito mais amplo, envolvendo a localização da instalação em toda a área de concessão de uma mesma distribuidora, e limitou a DG pelo tamanho da central (até 3 MW a partir de 2023), com benefícios para o cliente regulado via compensação de energia no sistema Net Metering.
A EDP oferece aos seus clientes duas modalidades de geração distribuída: o Autoconsumo Remoto, em que a central é locada exclusivamente a uma única empresa, e a Geração Compartilhada, em que diversas empresas partilham de quotas de uma mesma central através de um consórcio ou associação.
Uma das soluções de geração distribuída da EDP Brasil é o Solar Digital, que oferece condições diferenciadas e adesão simples e descomplicada para pequenas empresas que tenham custos de energia a partir de R$ 300 e que estejam em baixa tensão, por meio da modalidade de geração compartilhada.
Além da redução na conta de energia, outra vantagem é que os clientes não assumem custos com a instalação e infraestrutura das centrais solares, já que elas são remotas e a EDP assume toda a construção, operação e manutenção.
Além da geração distribuída, a EDP também tem oferecido condições diferenciadas para médias e grandes empresas que querem migrar para o Mercado Livre grossista e retalhista. A EDP também oferece aquisição de i-Rec’s (Renewable Energy Certificates, na sigla em inglês), certificação que assegura a origem renovável da energia.