Em Moçambique, fornecer à área agrícola gerida pela ONG Casa do Gaiato um abastecimento de eletricidade acessível, fiável e sustentável.
Desde a crise económica mundial em 2008, a Casa do Gaiato de Moçambique tem tentado aumentar cada vez mais os seus rendimentos através da gestão dos 500 hectares de terreno agrícola que possui. A quinta da Casa do Gaiato, conhecida como Fazenda, constitui uma fonte essencial de alimentação agrícola e hortícola (milho, batatas, cebolas, alhos, tomates, pimentos, couve, etc.) e carne (galinhas, porcos, bezerros, etc.) das crianças e jovens da instituição, bem como de 165 mulheres e das suas famílias nas imediações da Casa que usam os seus terrenos como meio de subsistência. De forma a conseguir levar a cabo todas estas atividades relacionadas com o desenvolvimento e a colheita das plantações e com o gado, as necessidades energéticas da Fazenda são significativas. É essencial para o desenvolvimento económico e social da Casa do Gaiato contar com um fornecimento elétrico fiável, seguro e acessível.
Projeto: Equipar a área agrícola gerida pela Casa do Gaiato, um orfanato e escola sem fins lucrativos, com fornecimento energético acessível, fiável e sustentável
País e região/localização: Moçambique, Massaca, distrito de Boane, província de Maputo
Categoria: Energia, Água e Agricultura
Para lidar com a questão de faturas de eletricidade avultadas, do fornecimento pouco fiável e da utilização de combustíveis não sustentáveis, será instalado um sistema solar fotovoltaico e de armazenamento na área agrícola da Casa do Gaiato, aumentando a rentabilidade e os rendimentos para a manutenção das instalações e para as necessidades das crianças e da escola. O novo sistema fotovoltaico irá fornecer fiabilidade e qualidade do fornecimento e com uma redução do consumo e dependência de combustíveis, que irão beneficiar todas as atividades levadas a cabo na instituição, uma vez que os eletrodomésticos e as máquinas dispendiosas irão durar mais tempo, irão contar com iluminação mais fiável, e os trabalhadores irão beneficiar de melhores condições de trabalho, sem ter despesas avultadas com gasóleo ou ter de interromper a produção durante apagões da rede.
Com o projeto, a Casa do Gaiato irá conseguir alimentar:
- 6 bombas elétricas que fornecem água de poços aos campos e pomares
- Lâmpadas de aquecimento nos 4 aviários para promover a criação de 7 000 frangos
- Máquina de distribuição alimentar para a pocilga com capacidade para 500 porcos
- Maquinaria do matadouro de frangos, porcos e bezerros
- Sistema de irrigação
- Câmaras frigoríficas para preservar fruta e carne e 3 congeladores com capacidade para 400 frangos
- Iluminação interior e exterior
- Um moinho
- 5 computadores
Para a Fundación Energía Sin Fronteras, a energia, a água e o saneamento são vetores de transformação social, necessários e essenciais para o desenvolvimento.
Resultados esperados:
- A Casa do Gaiato será mais autossuficiente relativamente ao fornecimento elétrico
- O funcionamento eficiente em termos de custos e tempo aumenta a produção e melhora os resultados das atividades agrícolas
- Poupança de custos em eletricidade e gasóleo (prevê-se uma poupança de 2,985 USD/ano) para financiar as atividades da Casa do Gaiato na Fazenda
- 5 membros do pessoal e 15 estagiários selecionados entre os residentes do orfanato e entre os jovens que frequentam a Casa do Gaiato irão receber formação em energias renováveis, sistemas solares fotovoltaicos e Operações e Gestão
- Diminuição da dependência dos combustíveis fósseis e redução das emissões de CO2 (~3 toneladas de CO2/ano previstas)