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Esperança
em ano decisivo
A Conferência das Partes assinala 30 anos de união internacional no combate às alterações climáticas e na preservação do ambiente. Herdeira direta da Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992, a COP27 decorre este ano em Sharm El-Sheikh, no Egipto, de 6 a 18 de novembro.
Face à incerteza global em termos económicos, energéticos e sociais, os olhos de milhões de pessoas, organizações e empresas, estarão postos na Conferência das Partes deste ano, onde a EDP também é interveniente atenta. Na COP27, duas centenas de países têm o poder de reafirmar a sustentabilidade do planeta como o centro dos esforços. Apostar definitivamente na mudança de paradigma energético para reduzir a poluição, limitar o aumento da temperatura glonal e assim salvaguardar vidas presentes e futuras.
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África na rota da sustentabilidade
No Egipto, a COP27 marca o aguardado regresso da Conferência a África. O continente alberga alguns dos países e comunidades que mais sofrem com as alterações climáticas, mas também que menos impacto têm na pegada ecológica da humanidade, e que menos condições têm para investir na transição energética. Em Glasgow, a COP26 centrou-se muito no financiamento a fundo perdido a esses países, cabe à COP27 confirmar que as promessas de 40 mil milhões de dólares anuais a partir de 2025 são atingidas, e que esse valor é suficiente.
Muitos governos, instituições e empresas trabalham constantemente para dar melhores condições de vida e de acesso à energia em várias regiões, para reforçar a resiliência das comunidades. É o caso da EDP, que em 2018 lançou o Fundo de Acesso à Energia (A2E), voltado especificamente para África. Na edição de 2022, o orçamento disponível foi mesmo reforçado para o dobro, dispondo agora de 1 milhão de euros.
EDP e COP: Prioridades comuns
Lutar pela sustentabilidade e pela transição energética é uma missão diária na EDP, em todas as geografias. Muito mais do que um acompanhamento de eventos, a presença da EDP na COP é a demonstração de um compromisso com o planeta e a sensibilização de todos os agentes da sociedade para as mudanças que são necessárias. Os quatro pilares da COP - Mitigação, Adaptação, Financiamento e Colaboração - norteiam também a nossa estratégia em todos os momentos.
Dominic Schmal, Director ESG na EDP Brasil
Yolanda Fernandez Montes, Diretora de Ambiente, Sustentabilidade, Inovação e Alterações Climáticas na EDP Espanha
Martim Salgado, Coordenador de Impacto Social na EDP
Madalena Calle Lucas, Consultora de assuntos de sustentabilidade corporate na EDP
A presença da EDP na COP27
09:30-10:30 GTM +2
com Rafael Sólis (EDPR)
Benelux Pavilion
04:30-07:00pm GTM +2
com Miguel Viana (SUST)
Business Pavilion
10:00-10:45 GTM +2
Com Miguel Viana (SUST)
Business Pavilion
The Global Alliance for Sustainable Energy
14:00-15:30 GTM +2
Com Miguel Viana (SUST)
Wind and Solar Pavilion
11:45-12:15 GTM +2
Com Miguel Setas
SDG7 Pavilion (Blue Zone, Area C)
10:15-10:45 GTM +2
com Miguel Setas
Business Pavilion (Blue Zone – Area C)
Le rôle de l'hydro-électricité dans la lutte contre les changements climatiques
10:30–11:30 GTM +2
com Joana Freitas
Francophonie pavilion (Blue Zone)
Assista em direto aqui (necessário registo)
Creating Energy Security for All: Technology & Policy Opportunities
11:30-12:30 GTM +2
com Miguel Setas
UNFCCC Pavilion (Blue Zone – Area D)
Assista em direto aqui
Energy Panel Discussion: Repower Europe with Kadri Simson Energy European Commissioner
13:00-14:00 GTM +2
com Miguel Setas
Sweden Pavilion (Blue Zone)
Assista em direto aqui (necessário registo)
Nature Conservancy x Eurelectric – Power plant - Accelerating equitable renewable energies globally
13-13:40 GTM +2
com Joana Freitas
Nature Zone Pavilion
The Journey from Coal to Clean: A World Tour
14:00-14:40 GTM +2
com Joana Freitas
Climate Action Hub (Blue Zone)
Accelerating a Just Transition in the Energy and Food Systems
15:00-16:00 GTM +2
com Miguel Setas
Business Pavilion-Auditorium B (Blue Zone)
Assista em direto aqui
13:30-14:30 GTM +2
com Joana Freitas
Francophonie pavilion (Blue Zone)
Assista à recapitulação deste ano aqui
Tem a palavra… o planeta
As várias formas de combater as alterações climáticas e os vários desafios que o planeta enfrenta são abordados na COP27 em oito dias temáticos, da Agricultura à água, das Finanças à Juventude. Reunimos as visões de especialistas da EDP, de instituições públicas, de ONG, da sociedade civil, da investigação científica. O que esperam da COP27? A mudança está ao nosso alcance?
A COP27 tem um desafio muito importante; penso que não é apenas o desafio da mudança climática que todos temos testemunhado como indivíduos, nos últimos meses, ou coisas como as inundações no Paquistão, que refletem muito as alterações climáticas, mas, mais uma vez, o desafio geopolítico.
O que o Egito procura nesta COP27 é um compromisso adicional para a implementação, não só o compromisso com que nós, todos os países, nos comprometemos em Glasgow (COP26) ou outras, mas agora precisamos de passar à implementação.
Precisamos de criar histórias de sucesso, que são muito importantes para serem levadas a cabo.
É crítico discutir o financiamento climático na COP, para alcançar os objetivos dos Acordos de Paris. O investimento em energia limpa precisa de aumentar significativamente, com especial foco em energias renováveis e eficiência energética. O financiamento público internacional, dedicado a projetos de energia nos países em desenvolvimento, ainda é insuficiente. Os governos e doadores internacionais desempenham papéis fundamentais para transições energéticas justas e inclusivas.
Mas é necessário que haja um clima de abertura ao investimento privado com menor risco, para que se possam disponibilizar mais soluções climáticas nestes países e valores de investimento mais elevados.
Para além dos compromissos financeiros que serão assumidos, é necessário definir prioridades, instrumentos facilitadores e mecanismos de acompanhamento desses investimentos.
É importante ainda que o investimento seja direcionado a políticas e capacitação para que haja uma abordagem verdadeiramente holística aos desafios existentes e que cheguemos à meta de energia limpa e acessível para todos.
Ações de mitigação para combater o aquecimento global e eventos climáticos extremos, resultam naturalmente de princípios científicos. A ciência é essencial para liderar a necessidade de ação, sendo fundamental na formação de novas soluções para a eliminação gradual das tecnologias baseadas em combustíveis fósseis.
Embora as renováveis surjam agora como o caminho para a descarbonização, é importante que estas permaneçam sempre no centro das atenções, para que os estudantes aprendam sobre engenharia, química e tecnologia como base da inovação. O papel da COP hoje em dia é da maior importância. Dadas as circunstâncias atuais, o apelo a mudanças significativas na forma como nos comportamos, a COP tem a missão de reunir líderes globais para trabalhar em soluções globais. Isto não pode ser separado da ciência.
COP é a oportunidade de estabelecer o roteiro para promover a ciência através da implementação de iniciativas concretas, concebidas para preservar o ambiente, acelerando a eliminação gradual do carvão, promovendo as energias renováveis e acelerando a mudança para uma mobilidade sustentável.
A crise climática não dá margem para ignorar quaisquer vozes, especialmente as vozes de quem terá de viver as consequências destas decisões tomadas hoje. O sentido de urgência que os atores mais jovens estão a conduzir precisa chegar àqueles que podem agir, de forma próxima, o que a plataforma da COP irá proporcionar.
As economias, os empregos, as sociedades, mesmo a forma como percebemos a natureza... na verdade, a nossa cultura mundial está a mudar, e continuará a mudar, em resposta aos desafios que vemos.
É isso que a discussão dos jovens e das gerações futuras nos vai dar na COP27: um vislumbre de como será o nosso mundo. E como as diretivas que podem salvar vidas colocadas em ação hoje, irão permitir que isso aconteça amanhã. E quando me refiro a salvar vidas, refiro-me a todas as vidas.
Para garantir a segurança das pessoas e manter as empresas a funcionar, cada fração de grau de aquecimento conta.
A ciência revela-nos os perigos de ultrapassarmos os 1,5 graus Celsius de aquecimento global.
Aumenta a frequência dos fenómenos climáticos extremos como as ondas de calor, as cheias, as secas, o que demonstra a urgência da crise climática.
Por isso, os governos e as empresas têm de se empenhar a fundo na ação climática para reduzir as emissões.
Na COP27, no Egito, no mínimo, os países terão de elevar a ambição dos seus objetivos nacionais em linha com as emissões globais estabelecidas para 2030.
E, fundamentalmente, traduzir esses objetivos em políticas claras que se convertam em ação e em cortes de emissões.
E as empresas são fundamentais para este efeito de descarbonização. Têm competências do mundo real, além de aprendizagens e boas práticas para partilhar.
E estão já a definir as soluções que exigem o apoio das políticas para serem eficazes à escala.
Temos de nos empenhar a fundo nos objetivos para 2030 e na energia limpa. Não há tempo a perder.
Realiza-se de 6 a 18 de novembro de 2022 a COP 27, a Conferência das Partes da Organização dasNações Unidas, em Sharm el-Sheikh, no Egipto.
A humanidade enfrenta uma ameaça real, à sua própria existência.
Não se trata de salvar o planeta Terra, pois ele sobreviverá a qualquer catástrofe. Trata-se, muito simplesmente, de evitar que o planeta deixe de reunir as condições para a existência da espécie humana.
Esta ameaça existencial coloca-nos a todos perante uma emergência onde todos somos convocados aparticipar ativamente, por forma a acelerar a descarbonização das economias de todos os países.
Os alertas surgem da comunidade científica mundial.
O último, por um conjunto de cientistas liderados por investigadores da Universidade de Oregon, que nos alertam para que 16 dos 35 sinais vitais do planeta Terra, que são utilizados para avaliar as alterações climáticas, atingiram novos níveis recorde.
Um gravíssimo sinal de alerta, é que apenas 24 dos 193 países que assinaram o Acordo de Paris, aprovado na COP21 em 2015, tenham apresentado planos para reduzir as emissões de gás, de gases com efeito de estufa.
Este ano, em Sharm el-Sheikh, durante a realização da COP27, é urgente a adoção de medidas reais de combate às alterações climáticas, e de descarbonização das economias de todos os países.
Somos nós, no nosso dia-a-dia, nas opções que fazemos, e na pressão sobre os governos nacionais, que devemos acelerar a descarbonização da economia mundial.
Este ano a COP27 fica marcada pela crise energética na Europa e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.
Alguns países da Europa voltaram a ativar as suas centrais a carvão, que já estavam encerradas, devido à falta de abastecimento de gás por parte da Rússia.
Está claro que as expectativas não são as melhores.Isto provavelmente vai colocar em risco os acordos alcançados em anteriores cimeiras, no que à descarbonização se refere.
Por este motivo é muito importante que todos redobrem os seus esforços para avançar na transição energética e procurem soluções perante o contexto atual, e perseverem na luta contra as alterações climáticas.
A COP26, uma COP centrada no clima, esta vai ser uma COP com uma visão muito mais integrada-clima,natureza, sociedade.
Era uma COP centrada nos compromissos, esta vai ser uma COP centrada na entrega.
E portanto, novo paradigma, novas ambições, novo contexto, um contexto muito, muito crítico de uma crise geostratégica, geopolítica,de uma crise mundial, com inflação agravada, com a Europa com uma crise energética. Portanto o contexto mundial é um contexto de grande preocupação.
Esta crise não tem que ser um bloqueio, para aquilo que são as transformações que nós precisamos, esta crise tem que ser uma oportunidade, e tem que ser vista como uma chance, não para nós recuarmos mas para andar mais para frente e para apostar,como nós estamos a fazer, nas energias renováveis, na transição energética, nas novas tecnologias que têm um footprint carbónico mais vantajoso e que não contribuem ou que evitamo chamado aquecimento global.
Os grandes desafios acho que é o fazer acontecer isto, tudo o que estas, toda esta mudança que se pretende de uma transição justa, de uma transição acelerada, de uma aposta em novas formas de energia, de uma reinvenção do modelo da sociedade,acho que isso é verdadeiramente estruturante para todos nós, não é, portanto muda as nossas vidas.
Olá, o meu nome é João Gonçalo Soutinho, sou biólogo e trabalho na conservação integrada da natureza em territórios altamente influenciados pelo homem.
Esta influência vem porque usamos o território para diversos fins, seja para a agricultura, seja para retirar produtos ou até para vivermos deste território.
Mas mesmo aqui a biodiversidade ocorre, existe e devemos estar adaptados e termos a capacidade de pensar também como é que os serviços de ecossistema que provêm da existência de biodiversidade nestes espaços, realmente podem cá coexistir.
É importante pensarmos que, para extrair um produto e para ele crescer de forma saudável e sustentável, é necessário que ocorram as cadeias naturais, as relações ecológicas que sempre existiram e que têm vindo a desaparecer ao longo dos anos, e que o ser humano, na sua tomada de decisão diária de como gerir o território, deve cada vez mais, ter a capacidade de pesar estes argumentos e tirar o maior proveito do território, mas também sem destruir todas as relações que ultimamente vão retirar-nos qualidade de vida e capacidade de produzir alimentos.
Quando falamos de alterações climáticas, associamo-las normalmente à redução das emissões, à atenuação.
No entanto, sabemos agora que temos de honrar os nossos compromissos de redução de emissões, pois não estamos alinhados com os objetivos fixados. Esse irmão mais novo que sempre foi a adaptação tem de crescer e tem de marcar presença.
Com planos ligados a esses objetivos de redução fixados, sabemos que os efeitos perniciosos das alterações climáticas se vão sentir durante décadas, possivelmente.
Por tudo isso, na COP há que definir claramente o mecanismo que enquadre tudo o que envolve a adaptação, especialmente no que toca às perdas e danos.
Deveríamos sair da COP com as ideias claras, sobre a forma como vamos obter esses recursos financeiros, para que, especialmente naqueles países mais desfavorecidos, que acontece serem os mais afetados pelas alterações climáticas, seja possível implementar medidas para limitar esses efeitos danosos das alterações climáticas.
Pessoalmente, creio que se dermos resposta na COP27 a todo este tema da dotação económica e do financiamento para enfrentar a adaptação, a COP será um autêntico sucesso.
Olá!
Por que é importante a COP falar do tema Adaptation, Agriculture and Food Systems?
A alimentação do mundo é um tema com preocupações crescentes e cujas soluções não têm sido executadas com uma visão sustentada e que tenha em conta as preocupações com as alterações climáticas.
O uso abusivo dos combustíveis fósseis e fertilizantes sintéticos têm degradado os nossos solos e recursos naturais.
A COP27 trará para cima da mesa alternativas para a agricultura e para todo o sistema alimentar, o que consequentemente ajuda nas temáticas do clima, biodiversidade, saúde, entre outros.
É uma oportunidade de definir estratégias, adaptadas à realidade de cada nação, e focar em soluções que sejam exequíveis, de modo a retomarmos o balanço com a natureza.
Então o que seria expectável que saísse da COP como decisão relacionada com este tema?
Decisões favoráveis e que se foquem nestas problemáticas passam pela inovação no setor, implementação e expansão de práticas de agricultura regenerativa.
Mais e melhores apoios, de modo a melhorar as condições técnicas sem necessidade de expandir a área agrícola existente, dando empowerment não só às nossas grandes cooperativas, como uma transversalidade de medidas adaptadas a todo o tipo de intervenientes.
No contexto global em que vivemos, é extremamente importante que as discussões na COP27 integrem cada vez mais questões sociais, sobretudo no recorte de grupos que são mais impactados pelas mudanças climáticas.
As questões ligadas à diversidade de género vêm-se demonstrando como um foco de atuação importante por diversas razões.
Primeiro, porque as mudanças do clima afetam desproporcionalmente meninas e mulheres em situação de maior risco de exposição ao risco.
Por outro lado, há ainda uma grande lacuna de representação das mulheres nos espaços de tomada de decisão, mesmo que elas sejam fortemente afetadas.
As mulheres participam e em muitos casos lideram ações de enfrentação da crise climática, sobretudo quando consideramos temas como a segurança alimentar e a preservação de conhecimentos tradicionais da biodiversidade.
Sendo assim, é esperado que nesta COP os mecanismos de inclusão de mulheres na construção dos planos de combate à crise do clima, sejam fortalecidos e permitam que mais mulheres tragam as suas perspectivas e possam colaborar com essa agenda.
A crise climática não é só uma crise ambiental.
Os efeitos da crise climática agudizam também tensões sociais, políticas e económicas, em contextos frágeis, vulneráveis e de conflito.
Afetam a saúde, bem-estar e segurança das pessoas em todo o mundo, em particular de algumas populações mais vulneráveis nestes contextos, como é o caso das raparigas e mulheres.
Um exemplo claro disto são as mulheres nos países em desenvolvimento, países estes que são também os mais afetados pelos desastres naturais.
Estas mulheres são o primeiro grupo vulnerável, juntamente com o seu agregado familiar, a sentir os efeitos das alterações climáticas, por exemplo a nível da subsistência e agricultura.
Por inerência, a igualdade de género, e mais especificamente o desenvolvimento socioeconómico das mulheres, é também uma forma de atuar na regeneração climática.
E é por isto mesmo que a EDP assumiu no seu plano de negócios o compromisso de aumentar o equilíbrio de género internamente, tangibilizado com o objetivo de chegarmos a 30% de mulheres na população dos nossos colaboradores e em cargos de liderança.
Esta COP27 é crítica para reconhecer que é tempo de ter coragem e atuar.
Em primeiro lugar, garantir o equilíbrio de género na definição, desenvolvimento e tomada de decisão, de medidas que diretamente impactam as vidas das comunidades.
E em segundo lugar e por último, ao criar condições de financiamento, assim como definir orçamentos sensíveis ao género, que, consequentemente, não só melhorarão as condições de vida, como financiarão projetos de utilidade comunitária.
Um dos mais importantes objetivos da comunidade global hoje é a produção de energia mais barata, mais limpa e mais localizada.
E esta deixou de ser uma responsabilidade exclusiva dos governos e das grandes empresas, pois agora os consumidores possuem os meios para contribuir para esta mudança nas linhas de distribuição de energia.
Com a geração solar distribuída, com baterias locais, com veículos elétricos ou bombas de calor, os consumidores possuem as alavancas para acelerar a transição energética.
O que podemos fazer para acelerar esta consciencialização dos consumidores finais? O que podemos fazer para acelerar a transição energética através das famílias e das pequenas empresas?
O meu nome é João Pedro Gouveia, sou investigador e professor convidado da Universidade Nova de Lisboa.
Com a mensagem queria dizer que as mudanças de política e evolução tecnológica desde o Acordo de Paris em 2015, reduziram o aumento de temperatura projetado.
No entanto, há ainda um longo caminho a percorrermos para limitar o aquecimento médio global, no grau e meio definido no Acordo.
Para isso temos de ser mais ambiciosos, investir mais nos sistemas energéticos, do lado da oferta e do lado da procura, nas redes, para melhor integração de energias renováveis, olhar para a regulação existente e melhorá-la, criando oportunidades de evolução e não de atraso na revolução energética tão necessária.
E ao mesmo tempo também promover mecanismos financeiros adequados para toda esta transição.
Parece-me que nesta transformação urgente, tanto por questões de crise energética como dos preços de energia, mas acima de tudo uma crise climática que importa abordar, é relevante ter em atenção a integração de todos os agentes e consumidores, percebendo realmente como é que não se amplificam desigualdades sociais, promovendo então assim uma transição justa e inclusiva para todos.
A descarbonização é a peça central da transição energética. E, como tal, é absolutamente fundamental que seja fortemente abordada durante a COP, tal como tem sido ao longo dos anos.
Creio que um resultado positivo da COP deste ano, é mostrar um empenho contínuo na acção climática, e no Acordo de Paris.
Com os países a anunciarem a sua intenção de reforçar as suas contribuições e respectivos objectivos, o actual contexto energético só vem sublinhar de novo a necessidade de acelerar as energias renováveis.
Obviamente que estabelecer objectivos é fácil, mas precisam de ser associados a planos claros para atingir estes objetivos.
A segurança energética tem sido um tema muito falado, particularmente na Europa.
E embora seja importante ter energia fiável e acessível, espero que não retrocedamos em relação aos passos importantes que temos vindo a dar ao longo dos últimos dois anos.
Falar da biodiversidade na COP é fundamental, porque sem biodiversidade perdemos os ecossistemas marinhos, terrestres, portanto perde-se o equilíbrio na biosfera e depois é a extinção da espécie humana.
O que é que seria expectável, o que é que eu gostava, ligado por exemplo ao mar, é que as leis e a boa aplicação dessas leis, fosse mais rigorosa, portanto para preservar, por exemplo, uma pesca intensiva não é uma coisa sustentável.
E também, o fomento, a criação de programas para projetos que permitam criar recife artificial, ou outras soluções para restabelecer o equilíbrio do ecossistema marinho.
E a consciencialização das pessoas, para que estas possam escolher produtos, e que as empresas possam oferecer produtos e serviços que sejam sustentáveis para o planeta.
Enquanto biólogo, enquanto cidadão, eu preocupo-me com as alterações climáticas, e é por isso que me aflige saber que continuamos a emitir níveis de CO2 muito acima do limite a que nos comprometemos.
Como consequência, temos países que vivem com temperaturas muito abaixo daquelas que seriam expectáveis, enquanto outros são fustigados por ondas de calor cada vez mais frequentes e cada vez mais intensas.
Vemos inundações, seca, falta de alimento, e de condições de saneamento básico, que estão a levar a um movimento de refugiados climáticos.
Ora, nós sabemos que a sociedade é diretamente impactada pelo bom funcionamento dos ecossistemas e por isso é urgentíssimo conservar o nosso capital natural.
Este está a ser afetado pela destruição e fragmentação de habitat, pela introdução de espécies invasoras, e pela sobre-exploração de recursos, que estão inegavelmente a conduzir a uma extinção global das espécies que suportam estes ecossistemas.
Está na altura de agirmos, temos que reinventar o nosso sistema alimentar, temos que reduzir fortemente a nossa dependência nos combustíveis fósseis e temos que repensar a maneira como nos deslocamos.
Não nos podemos ficar pelas preocupações, é agora ou nunca.
Olá, chamo-me Christina Lock e trabalho na EDP.
Porque é que na COP27 deveríamos estar a falar de inovação? Porque quando encaramos as alterações climáticas, a inovação está no centro da transição energética.
Como afirmou uma vez Bill Gates, e entendemos perfeitamente o seu comentário na EDP, sobrestimamos sempre a mudança que ocorrerá nos próximos dois anos, e subestimamos a que irá ocorrer nos próximos dez.
Se considerarmos os objetivos ambiciosos que temos para o mundo até 2050, tais como a atenuação do aquecimento global até aos 1,5 graus Celsius, e tendo em conta a forma como as coisas estão a correr agora, necessitamos da inovação não só para acelerar, mas também para aumentar a escala deste processo.
E a COP 27 é a forma perfeita para reforçar esta mensagem. Gostaria de ver uma série de garantias de monta saídas da COP deste ano.
Em primeiro lugar, a inovação deve ser realçada como um dos pilares fundamentais para intensificar a transição energética e contribuir para reduzir as alterações climáticas.
Em segundo lugar, deverão ser estabelecidos compromissos arrojados para assegurar, de facto, o cumprimento dos objetivos definidos.
E por último, a inovação só pode ser tão eficaz como o seu contexto. Assim, alguns dos compromissos que gostaria de ver saídos da COP27 são os investimentos globais em tecnologia e os incentivos para promover novos modelos de negócio capazes de contribuir para este esforço à escala mundial.
Obrigada.
Os projetos de Inovação EDP
Projetos de inovação
Projetos de inovação fundo A2E
Glossário da COP
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*Fonte: Website Carbon
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