A sustentabilidade do planeta deve ser um objetivo presente em todos os países, todos os setores, todos os momentos.
Fazer os investimentos certos que causem impacto, não apenas nas operações e resultados de uma empresa, mas em toda a sociedade, é uma missão e uma responsabilidade para qualquer negócio, seja uma microempresa local ou uma multinacional. A EDP, operando numa das áreas críticas para a descarbonização e para o desenvolvimento sustentável, há vários anos que aposta nas Finanças Sustentáveis, de forma a garantir já hoje, e todos os dias, a resiliência necessária para o futuro.
2006, um marco na EDP e nas Finanças Sustentáveis
Foi em abril de 2006, na sequência de um desafio lançado pelas Nações Unidas, que os Princípios de Investimento Responsável foram lançados, na Bolsa de Nova Iorque, cunhando também a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) - Ambiental, Social e Governação -, atualmente essencial no funcionamento das empresas. Nesse mesmo ano de 2006, a EDP definiu as energias renováveis como o principal caminho a seguir, uma decisão estratégica que antecipou a mudança que, só anos mais tarde, os principais players do mercado internacional começaram a seguir.
A sustentabilidade é o presente e o futuro, e na EDP já o era há quase duas décadas, quando foram dados os primeiros passos para entrar no Dow Jones Sustainability Index, com avaliação da Standard & Poor’s, cuja integração foi conseguida em 2008. Hoje a EDP é um dos líderes na classificação desse índice - sendo a única companhia portuguesa presente no índice há 13 anos consecutivos, e integra, com os mesmos resultados positivos de pontuação ou nível de risco, vários outros rankings internacionais e avaliações, como a Sustainalytics, a MSCI, a Ethibel, o FTSE4Good ou o Euronext Vigeo Eiris.
Integração constante dos fatores ESG
Para assegurar um desempenho sempre positivo, sempre a melhorar, os fatores ESG (Environmental, Social and Governance) - Ambiental, Social e Governação -, são constantemente alinhados nas várias atividades da EDP, conforme os compromissos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Todas as peças da cadeia de valor contam para reforçar as Finanças Sustentáveis.
Ambiental - Além das estratégias de descarbonização, desinvestimento nos combustíveis fósseis até 2030, aumento da eficiência energética e iniciativas relacionadas com a Biodiversidade e com o meio ambiente, a EDP pretende reduzir a produção de resíduos em 85% até 2025. Mitigar o impacto ambiental em todos os novos projetos, não produzir energia em locais património natural da UNESCO e eliminar os acidentes relacionados com o ambiente, são outros compromissos assumidos pela EDP.
Social - Investir nas comunidades locais e no acesso à energia, reduzir os acidentes de trabalho e focar na satisfação dos clientes são alguns dos parâmetros que entram na componente social do ESG. Mas também apostar na Diversidade e Inclusão, com uma integração plena dos colaboradores e um contributo positivo para a sociedade.
Governação - Manter a EDP em linha com as melhores práticas de investimento responsável passa por incorporar todas as recomendações em termos de informação financeira, criar planos de adaptação às alterações climáticas nas áreas com risco identificado, reforçar a transparência e as práticas anti-corrupção, ou manter o reconhecimento que já existe como uma das empresas mais éticas do mundo. E para além de tudo isso, envolver e influenciar todos os stakeholders no processo constante de procura da sustentabilidade.
Materialidade ajuda EDP a encontrar os temas relevantes
Para a EDP, é fundamental que a visão e posicionamento de todos os seus stakeholders contribuam para a estratégia de sustentabilidade da EDP. Divididos em quatro grupos - Mercado, Cadeia de Valor, Democracia e Envolvente Social e Territorial - todos os stakeholders EDP têm ambições e visões distintas, mas todos contribuem para a visão geral, sustentável, da EDP, constituindo uma alavanca para a competitividade e para o impacto positivo, sempre em consonância com os fatores ESG.
Um dos mecanismos que ajuda a definir essa visão global estratégica é o Processo de Materialidade, através do qual são encontrados os Temas Materiais, aqueles que são considerados mais relevantes para os diferentes stakeholders. Na sequência desta identificação é depois otimizada a orientação estratégica da empresa e a sua gestão interna é direcionada no sentido de responder e cumprir estes Temas Materiais. Em 2020, foram identificados 60 temas de 21 categorias - nos três grandes eixos - Económico, Social e Ambiental - todos eles relevantes para o negócio e para a sociedade. A matriz que junta todos elementos é um espelho do que a EDP já é e pretende continuar a ser.
Green Bonds EDP para um futuro mais verde
O financiamento sustentável é cada vez mais decisivo para as empresas e para as escolhas dos investidores. Os green bonds, títulos de dívida verdes, são uma ferramenta essencial tanto para estimular a transição das empresas para a eficiência energética e a redução de emissões de carbono, como para dar esse sinal de mudança ao mercado. Emitir green bonds obriga a compromissos com o planeta, mas também ajuda a enquadrar projetos, novos ou existentes, numa estratégia de sustentabilidade.
Enquanto utility do setor energético, em transição para uma produção elétrica 100% renovável em 2030, a EDP está particularmente exposta aos desafios da descarbonização, e totalmente empenhada em assegurar uma transição fácil para as empresas e para a sociedade. Em outubro de 2018, a EDP foi a primeira empresa cotada portuguesa a fazer uma emissão de green bonds, de 600 milhões de euros, canalizados para o desenvolvimento e construção de parques eólicos e solares.
Desde então, já foram realizadas nove emissões de obrigações, a última das quais em setembro de 2021: emissão de dívida subordinada "dual tranche" no montante global de EUR 1 250 milhões. Todas as colocações de dívida estão alinhadas com o Green Bond Framework da EDP, criado em 2018 para a primeira emissão, sendo destinadas ao financiamento ou refinanciamento de projetos renováveis.
Compromisso reforçado
Em 2021, antes mesmo da apresentação do relatório de sustentabilidade da EDP relativo a 2020, foi aprovada uma nova Política de Ambiente, que reafirma os nove compromissos do grupo para um desenvolvimento sustentável a todos os níveis. Isso passa por intervir interna e externamente no mercado e na sociedade, garantir a transparência e as Finanças Sustentáveis, assegurar fluxos de capital que ajudem a atingir uma economia mais ecológica e resiliente ao clima.
A estratégia de sustentabilidade da EDP é uma folha que nunca fica em branco e que está sempre a ser reescrita. A bem de um planeta mais verde, que requer a ação concertada de todas as entidades, públicas e privadas, na gestão do dia-a-dia ou nas decisões de longo prazo, assim como requer uma ação individual ou comunitária de todos os cidadãos, nas escolhas que fazem e nos princípios que adoptam. As Finanças Sustentáveis são um dos principais elementos de mudança para uma sociedade e uma economia mais justas.