Windfloat Atlantic já está plenamente operacional e torna-se no primeiro parque eólico flutuante da Europa Continental

Windfloat Atlantic já está plenamente operacional e torna-se no primeiro parque eólico flutuante da Europa Continental

Domingo 26, Julho 2020

A última plataforma do WindFloat Atlantic foi ligada à rede e o parque já entrou em pleno funcionamento. As três unidades começam agora a injetar na rede elétrica de Portugal a energia produzida pelas suas turbinas de 8,4 MW, as maiores do mundo jamais instaladas numa plataforma flutuante.

O WindFloat Atlantic já está plenamente operacional e a fornecer energia limpa à rede elétrica de Portugal. Depois de ter sido realizada com sucesso a ligação da última das três plataformas ao cabo de alimentação que percorre os 20 quilómetros de distância que separam o parque eólico da estação instalada em Viana do Castelo, a construção do parque está completa. O WindFloat Atlantic, que tem uma capacidade total instalada de 25 MW, é o primeiro parque eólico flutuante semi-submersível do mundo e irá gerar energia suficiente para abastecer o equivalente a 60 000 utilizadores por ano, poupando quase 1,1 milhões de toneladas de CO2.

Desta forma, confirma-se o êxito do projeto iniciado pelo consórcio Windplus há já uma década, garantindo o acesso aos melhores recursos eólicos em mar alto, até agora inacessíveis. O Windplus instalou e ligou três plataformas com êxito — com 30 metros de altura e uma distância de 50 metros entre cada uma das suas colunas — e que permitem albergar turbinas de 8,4 MW, as maiores do mundo jamais instaladas numa plataforma flutuante.

O êxito deste projecto radica na sua tecnologia: como por exemplo, a ancoragem, que permite a sua instalação em águas de mais de 100 metros de profundidade, e o seu design, orientado para a estabilidade em condições climatéricas e marítimas adversas. O projeto beneficiou ainda da tecnologia de montagem: a assemblagem foi feita em doca seca, o que permitiu importantes poupanças logísticas e económicas e possibilitou o reboque das plataformas por rebocadores normais.

Estes avanços, entre outros, destacam a capacidade de o modelo WindFloat Atlantic poder ser reproduzido noutras geografias com mares profundos e outras condições marítimas adversas para a tecnologia eólica offshore tradicional.

 

Sobre o WindFloat Atlantic

O projeto pertence à Windplus, que é propriedade conjunta da EDP Renováveis (54,4%), ENGIE (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). As plataformas foram construídas pelos dois países da Península Ibérica: duas delas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Fene (Espanha).

Esta iniciativa contou com o apoio de instituições públicas e privadas, o que se traduziu na participação de empresas líderes nos seus mercados e no apoio, através de financiamento, do Governo de Portugal, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento. Entre as empresas que tornaram possível a realização deste projeto, destacam-se juntamente com a Principle Power a joint-venture Navantia/Windar, o grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas MHI Vestas e o fornecedor de cabos dinâmicos JDR Cables.

 

Sobre a tecnologia WindFloat®

Dado que pode situar-se em águas muito profundas, o WindFloat® pode aceder a recursos energéticos em áreas marítimas muito vastas, respondendo a desafios sociais de relevo, como a transição para a energia limpa, a segurança da energia e as alterações climáticas, enquanto simultaneamente gera postos de trabalho, crescimento económico e oportunidades de investimento sustentável.

As vantagens desta tecnologia são, entre outras, o facto de a montagem ser feita em terra, de não ser necessário um navio de transporte específico para o seu reboque e de não depender de operações offshore complexas, associadas à instalação das estruturas fixas tradicionais. Estes fatores contribuem para reduzir as despesas associadas ao ciclo de vida e os riscos.

As fundações WindFloat® também permitem albergar os maiores aerogeradores do mundo, o que contribui para o aumento da produção de energia, fomentando uma redução considerável dos custos associados ao ciclo de vida.