Resultados de 2022 da EDP impactados por imparidade de central térmica no Brasil
Resultados de 2022 da EDP impactados por imparidade de central térmica no Brasil
Lisboa, 26 de janeiro de 2023: A EDP – Energias de Portugal, S.A (“EDP”), através da sua subsidiária EDP - Energias do Brasil S.A. (“EDP Brasil”), detida em 57,55%[1], informa que a sua subsidiária Pecém Geração de Energia S.A. ("Pecém") registará uma imparidade de € 0,23 mil milhões em 2022 (impacto non-cash).
Pecém é uma central a carvão de 720 MW no estado do Ceará com licença de operação até janeiro de 2044, contribuindo para a segurança de abastecimento do sistema elétrico brasileiro. A central tem um Contrato de Aquisição de Energia ("CAE") em vigor até julho de 2027, proporcionando um fluxo de receitas estável, ajustado aos níveis de inflação e disponibilidade.
O adiamento do leilão de energia A-5 (para novos CAE a partir de 2027), que estava previsto ocorrer em novembro de 2022, e a falta de visibilidade em relação aos próximos leilões de energia no Brasil tem impactado as expectativas das condições económicas da central quando da maturidade do CAE existente. Assim, e de acordo com a IAS 36, a EDP incorporou este cenário nos testes anuais de imparidade, o que resultou num custo extraordinário de imparidade a registar no resultado líquido da EDP Brasil em 2022, com um impacto negativo de € 0,13 mil milhões no resultado líquido da EDP para o mesmo ano.
O impacto final está sujeito à aprovação dos auditores externos e este custo contabilístico extraordinário é neutro em termos de cash-flow e de dívida líquida em 2022.
A EDP está empenhada em manter a sua posição de liderança na transição energética, com uma estratégia clara de crescimento focada em energias renováveis, tendo definido o objetivo de eliminar a atividade de carvão do mix de receitas do Grupo EDP até 2025.
Esta informação é divulgada nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 17.º do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho.
EDP – Energias de Portugal, S.A.
[1] A EDP detém diretamente 56,05% da EDP Brasil, mas consolida 57,55% por intermédio do ajuste da detenção de ações próprias.