PivotBuoy

Plataforma eólica flutuante PivotBuoy prepara-se para iniciar testes de produção

Sexta-feira 21, Maio 2021

EDP participa em consórcio europeu que está a promover projeto inovador de produção de energia limpa. Plataforma será testada em alto mar, ao largo das ilhas Canárias.

A plataforma eólica flutuante PivotBuoy já chegou às Canárias, depois de ter completado com sucesso a fase de montagem, e prepara-se agora para partir para alto mar, onde irá iniciar os testes de produção de energia. A EDP é uma das empresas parceiras do consórcio europeu que está a desenvolver este projeto-piloto, liderado pela X1 Wind, e que conta ainda com a participação da DNV, INTECSEA, ESM e DEGIMA e com o envolvimento dos centros de pesquisa WavEC, PLOCAN e DTU.

Tendo como principais objetivos testar e dimensionar, em ambiente real, uma estrutura flutuante inovadora para produção de energia eólica offshore, o PivotBuoy pretende demonstrar que é possível reduzir o custo produção de energia até 50%. Para tal, foi criado um sistema, a uma escala 1:3, para ser testado no oceano Atlântico, no centro de testes offshore da PLOCAN a Plataforma Oceânica das Canárias.

À semelhança do WindFloat, o parque eólico flutuante instalado ao largo da costa de Viana do Castelo (que entrou em operação no último ano), o PivotBuoy visa desenvolver uma tecnologia que possibilite a produção eólica offshore em águas profundas, através de uma solução flutuante. Nestes dois casos, os sistemas são substancialmente diferentes, mas ambos apostam na tecnologia semisubmersível na sua plataforma. Por outro lado, esta nova solução tem a particularidade de ser totalmente passiva, rodando em torno de um ponto único de amarração (o chamado sistema single-point mooring) e posicionando-se no sentido da direção do vento mais forte.

O projeto PivotBuoy também procura simplificar a cadeia logística associada ao transporte e instalação dos dispositivos no mar, utilizando embarcações de menor dimensão e custo e apostando em maximizar o número de operações em terra. Esta solução inovadora visa ainda reduzir de forma substancial as quantidades de materiais a usar nestas plataformas, reforçando as vantagens ambientais destas soluções para produção de energia limpa. Além disso, ao reduzir o peso por capacidade instalada (toneladas por MW), reforça o potencial de redução de custos desta tecnologia.

A visão NEW para uma tecnologia de futuro

A EDP, através da NEW, o centro de investigação e desenvolvimento do grupo EDP, centra a sua participação no projeto liderando o pacote de trabalho relativo à avaliação do custo de produção de energia desta tecnologia, do impacto sócioeconómico e do plano de exploração. Aplicando a perspetiva de um possível utilizador final na globalidade do projeto, a NEW procura aferir a viabilidade técnica e económica do PivotBuoy, em escala comercial, no mercado emergente da energia eólica flutuante. Esse trabalho contribui para reforçar o compromisso da empresa enquanto líder da transição energética, apostando nas tecnologias de geração renovável e contribuindo para atingir as metas de neutralidade carbónica e cumprir a ambição de ser uma empresa 100% verde até 2030.

A escolha da Plataforma Oceânica das Canárias para testar esta tecnologia deve-se, sobretudo, às características do solo oceânico que são as mais adequadas ao tipo de ancoragem que será feita neste projeto de demonstração (ancoragem por gravidade). A plataforma está também dotada de infraestruturas que permitem que o cabo de transporte de energia possa ser aqui diretamente conectado, sendo este outro fator que contribuiu para esta escolha.

O conceito do PivotBuoy, desenvolvido pela X1 Wind, foi testado em laboratório – Ao testar em ambiente real, o projeto também validará questões mais críticas relacionadas com a montagem, instalação e técnicas de operação e manutenção.

O PivotBuoy é um projeto de inovação financiado em quatro milhões de euros pelo Programa H2020 da Comissão Europeia.

Visite o site do PivotBuoy (www.pivotbuoy.eu) ou a página da EDP