Moody's coloca rating "BAA1" da EDP sob vigilância negativa
Hoje, a agência de rating Moody's Investors Service manteve a notação de rating de longo prazo da EDP, da sua subsidiária EDP Finance BV e da sua subsidiária espanhola Hidroelectrica del Cantabrico em "Baa1"/"Prime-2" colocando-a em vigilância negativa.
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, a EDP – Energias de Portugal, S.A. ("EDP") vem prestar a seguinte informação ao mercado e ao público em geral:
Hoje, a agência de rating Moody's Investors Service ("Moody's") manteve a notação de rating de longo prazo da EDP, da sua subsidiária EDP Finance BV e da sua subsidiária espanhola Hidroelectrica del Cantabrico ("HC Energia") em "Baa1"/"Prime-2" colocando-a em vigilância negativa.
Esta acção vem na sequência da baixa de rating realizada pela Moody's sobre o rating do governo da República de Portugal para Baa1 de A3 (negativo).
A revisão do rating da EDP para vigilância negativa reflecte a possibilidade de mais descidas no rating da República de Portugal. Isso reflete a incapacidade da EDP para desligar-se totalmente tanto da pressão no mercado de dívida para emissores Portugueses como dos aspectos económicos e regulatórios que se podem agravar como resultado das pressões sobre o rating soberano, embora tenha havido nenhum impacto significativo sobre a EDP até à data.
A Moody's afirma que o rating actual da EDP reflecte: (i) o seu modelo de negócio, historicamente, bastante resiliente, com uma proporção significativa dos resultados com baixa volatilidade provenientes de actividades reguladas (ii) a diversificação geográfica com cerca de 45% do EBITDA da EDP proveniente de Portugal e (iii) a liquidez bastante robusta em 2013, com acesso a fontes de financiamento diversificadas, embora com uma exposição moderada aos bancos Portugueses. Ao mesmo tempo, a Moody's reconhece: (i) um perfil alavancado no final de 2010, embora isso deve melhorar ao longo do período 2011/2012, como resultado de uma redução do investimento operacional, aumento os fluxos de caixa provenientes de novos activos que entrarão em funcionamento e alienações no montante de 500 milhões de euros, (ii) pressão sobre as margens das centrais térmicas em Espanha, com activos regulatórios a influenciarem a dívida e (iii) o esperado aumento do custo médio da dívida devido à contratação de novas emissões com taxas superiores em resultado da baixa do rating soberano, embora a maturidade da dívida da empresa esteja dispersa e deverá reduzir-se gradualmente ao longo do tempo.
Como parte da sua revisão, a Moody's levará em conta os factores anteriormente referidos, nomeadamente relacionados com a diversificação dos resultados da empresa e a esperada melhoria no perfil financeiro, o que poderia permitir à EDP ficar um ou dois níveis acima da Républica de Portugal em caso da descida do rating deste.
Dada a actual revisão para baixa do rating soberano e do outlook da EDP, não existe nenhuma pressão para a subida do rating no momento actual.
EDP – Energias de Portugal, S.A.