O grupo EDP acordou com a Ocean Winds (OW), a joint-venture criada pela EDP Renováveis e pela ENGIE dedicada à energia eólica offshore, a transferência da posição da EDP na Principle Power, a empresa líder mundial no mercado das plataformas flutuantes offshore.

Com um terço dos seus 16,6 GW de projetos eólicos offshore a serem desenvolvidos através da energia eólica flutuante, a aquisição pela Ocean Winds da participação de 25,4% da EDP na Principle Power proporciona uma vantagem competitiva para o desenvolvimento do seu pipeline eólico flutuante e reforça a posição de líder num mercado em rápido crescimento. Com esta transação, a Ocean Winds detém agora um total de 36,25% da Principle Power.

A Principle Power é especializada na conceção de estruturas flutuantes para suportar turbinas eólicas offshore, que podem ser utilizadas em águas mais profundas. A parceria entre a Principle Power e a EDP teve início em 2009, com as duas empresas a tornarem-se pioneiras na exploração do potencial da costa portuguesa, onde os fundos marinhos profundos impedem a utilização de plataformas offshore tradicionais.

Em 2011, a Principle Power e a EDP implementaram com sucesso um protótipo com uma turbina eólica de 2 MW instalada numa plataforma flutuante ao largo da Póvoa de Varzim, no Norte de Portugal. Este foi o primeiro piloto eólico offshore flutuante à escala real em tecnologia semi-submersível e a estrutura foi submetida a testes com ondas de mais de 17 metros e fortes rajadas de vento. O WindFloat 1 (WF1) provou a viabilidade da tecnologia e foi depois replicado à escala pré-comercial em Portugal, com o Windfloat Atlantic, com 25 MW de capacidade instalada, foi o primeiro projeto flutuante com acesso a financiamento de projeto de investimento (Project Finance) e é o único parque eólico offshore da costa portuguesa.

O WindFloat Atlantic foi então desenvolvido e é agora operado pela Ocean Winds, desde o início da joint-venture em 2019. A Ocean Winds está também a trabalhar com a tecnologia da Principle Power para fazer avançar grandes projetos eólicos offshore flutuantes no seu portfólio, com exemplos notáveis, incluindo em França (30 MW em construção) e na Coreia do Sul (1,2 GW em desenvolvimento avançado).

Uma vez que a tecnologia flutuante abre oportunidades de energia eólica offshore em áreas e países onde a profundidade do mar é superior a 60 metros, o reforço da sua participação na Principle Power reforça a posição ideal da Ocean Winds neste mercado em crescimento.

A transferência da participação da EDP na Principle Power reforçará os esforços conjuntos na industrialização e no desenvolvimento de negócios, promovendo sinergias num mercado em aceleração.

As projeções sugerem que as instalações offshore poderão ultrapassar os 200 GW até 2030, crescendo quase seis vezes em relação ao nível atual. No âmbito desta expansão, prevê-se que as instalações offshore flutuantes atinjam 11 GW em 2030 e aumentem para 70 GW em 2040.

A Principle Power tem vários projetos pré-comerciais importantes em curso e uma sólida carteira de projetos comerciais em todo o mundo. A sua plataforma WindFloat®, que pode ser instalada independentemente da profundidade da água ou das condições do fundo do mar, está atualmente em funcionamento em Portugal e na Escócia, totalizando 75 MW, com um projeto adicional de 30 MW em construção em França, o que faz da Principle Power o líder global em tecnologia eólica flutuante.

A Principle Power foi fundada em 2007 e tem a sua sede na Califórnia, EUA, com escritórios em França, Portugal, Reino Unido, Japão e uma presença em expansão na Ásia. A empresa emprega mais de 120 pessoas talentosas que se dedicam ao avanço das soluções offshore flutuantes e à aceleração da transição energética.