EDP entre as 87 grandes empresas que querem limitar aquecimento global a 1,5°C
Compromisso ‘Business Ambition for 1.5 ºC – Our Only Future” foi subscrito em Nova Iorque por um grupo de líderes empresariais, entre os quais António Mexia, em resposta a um apelo da ONU. É uma das iniciativas a marcar a Semana do Clima na cidade norte-americana
A EDP respondeu ao desafio das Nações Unidas e é uma das 87 grandes empresas globais que assume o compromisso de reduzir emissões para garantir que o aquecimento global não excede 1,5° C. O compromisso ‘Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future’ formalizado hoje, em Nova Iorque, junta um grupo de companhias do qual também fazem parte Vodafone, Nestlé, Unilever, Telefónica, entre outras.
O desafio foi lançado em junho pelas Nações Unidas através de uma carta aberta dirigida a líderes empresariais com um apelo: que definissem objetivos ambiciosos de redução de emissões para conter o aumento da temperatura do planeta em 1,5°, em linha com as recomendações do relatório de 2018 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O compromisso agora assumido passará por um conjunto de ações que serão validadas por uma organização independente, a Science-Based Targets initiative, e que visam contribuir para o controlo da temperatura global.
Para o presidente executivo do grupo EDP, António Mexia, que participa no encontro em Nova Iorque onde vários líderes empresariais assumiram publicamente este compromisso, “ficou claro com o estudo do IPCC de 2018 que há um mundo de diferença entre 1,5° e 2°C. Precisamos de ser mais ambiciosos e de fazer mais, trabalhando em conjunto, empresas e governos. Na EDP há muito que percebemos que a descarbonização tem de ser vista como uma oportunidade e que a eletrificação é a principal medida para garantir esta transição indispensável. Se há dez anos já tínhamos targets ambiciosos de redução de emissões, agora reforçamos essa ambição”.
A EDP já tinha estabelecido uma meta de redução de emissões para cumprir os limites de aquecimento da temperatura em 2°C, mas reforça agora a sua ambição de contribuir de forma mais acelerada para o combate às alterações climáticas. As metas definidas pela EDP no 'Strategic Update' apresentado ao mercado em março deste ano definem que até 2030 mais de 90% da geração de eletricidade do grupo será feita a partir de fontes renováveis e haverá uma redução de 90% das emissões de específicas de CO2 face aos valores de 2005. São objetivos exigentes de uma estratégia que foi, uma vez mais, reconhecida na última semana com a distinção da EDP no índice de sustentabilidade Dow Jones como empresa número 1 do mundo entre as utilities integradas. A EDP é, aliás, a única empresa portuguesa a fazer parte desta lista global há 12 anos consecutivos.
No encontro desta segunda-feira as empresas signatárias do movimento foram distinguidas no Private Sector Forum, que desde 2008 tem levado líderes dos setores público e privado à sede da ONU para debater as principais questões mundiais. Durante esta semana, Nova Iorque será um palco privilegiado de discussão das questões ambientais e de sustentabilidade, tendo como mote a urgência de uma intervenção ambiciosa que envolva os esforços de empresas, governos, investigadores e sociedade civil.
Enquanto presidente do Conselho Administrativo do Sustainable Energy for All (SEforALL) – uma organização sem fins lucrativos apoiada pela ONU e que promove iniciativas para o acesso universal à energia sustentável até 2030 – António Mexia irá ainda participar em vários eventos da Semana do Clima (Climate Week) que partilham essa mesma agenda.