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Lucro da EDP cai 74% para 297 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2018

Quinta-feira 08, Novembro 2018

Resultado líquido cai 74% para €297M, fortemente penalizado pela contabilização de uma provisão extraordinária de €285M em Portugal sobre alegada sobrecompensação dos CMEC, bem como no ano passado, de um ganho extraordinário de €558M com a venda da Naturgás em Espanha.

O peso de Portugal no total do resultado líquido reportado cai para apenas 6% comparativamente a 19% no período homólogo. É de assinalar ainda que a EDP Brasil contribui com crescimento de resultados de 81% em moeda local.

 

Ao nível do EBITDA, as alterações regulatórias em Portugal implementadas no 2º semestre de 2017 e o ajustamento final dos CMEC explicam uma queda de €169M nos primeiros nove meses de 2018.

 

 

O EBITDA recorrente cai 6% para €2.428M, refletindo o impacto cambial negativo de 6%. Excluindo este impacto, o EBITDA permaneceu estável face aos 9M17, marcado pelos seguintes efeitos:

 

 


  • EBITDA em Portugal cai 3%, onde a melhoria das condições hídricas não foi suficiente para mitigar o forte impacto dos cortes regulatórios em Portugal, que afetaram o negócio da produção (redução dos proveitos com CMECs, aumento de impostos e taxas) e da distribuição (corte de 14% nos proveitos regulados no âmbito de revisão regulatória para 2018-2020).

  • EBITDA da EDP Espanha sobe 8%, beneficiando do aumento da produção hídrica e da melhoria das condições operacionais no mercado Ibérico de eletricidade.

  • EBITDA da EDP Renováveis cai 12% fruto da fraca eolicidade, em particular no 3T18 em que os recursos eólicos estiveram 11% abaixo da média de longo-prazo, atingindo mínimos de 6 anos. O EBITDA da EDP Renováveis foi ainda influenciado por uma redução de proveitos por MWh renovável produzido e pelo impacto cambial negativo da depreciação do USD face ao EUR.

  • EBITDA da EDP Brasil sobe 19% em moeda local, suportado por um bom desempenho operacional em todas as áreas de negócio, nomeadamente pela redução sustentada das perdas comerciais na distribuição, disponibilidade na central de Pecém acima do nível de referência contratual e adequada estratégia de gestão de energia.


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A dívida líquida aumentou de 13,9 mil milhões de euros a Dez-17, para 14,5 mil milhões de euros a Setembro de 2018, enquanto o custo médio da dívida caiu de 4,1% nos 9M2017 para 3,7% nos 9M2018.

 

 

O peso de energias renováveis continua a subir e a provar o foco da EDP nas tecnologias limpas. O mix de geração atingiu 74% em termos de capacidade instalada renovável (+0,5GW eólico e solar). Em termos de produção, o peso de renováveis aumentou 11pp em termos homólogos para 66%, beneficiando da expansão de portfolio e da recuperação de hidraulicidade na P. Ibérica.

 

 

O número de contratos com clientes cresceu em 6 mil nos últimos 12 meses, para um total de 11,4 milhões, refletindo a nossa forte aposta na satisfação de cliente, qualidade de serviços e maior envolvimento.