Empreendedorismo social. O compromisso de gerar impacto positivo

O empreendedorismo social tem um impacto muito positivo nas comunidades. Conheça alguns bons exemplos e os resultados positivos.

Estaria disposto a oferecer um par de sapatos a uma pessoa que precisasse por cada par de sapatos que vendesse? De forma muito simples, podemos dizer que esta é a base do empreendedorismo social: encontrar soluções para problemas e promover mudanças significativas na vida das pessoas, das comunidades, do Mundo.

Tornar o Mundo melhor com um negócio sustentável

Shoes for a Better Tomorrow, mais tarde TOMS, serviu de mote para o início deste artigo. Fundada por Blake Mycoskie, com dinheiro próprio, a  empresa começou por dar um par de sapatos a crianças que dele necessitavam por cada par de sapatos vendido. Este empreendedor social, através da sua empresa, e do seu modelo “One for One”,  já conseguiu doar mais de 100.000.000 pares de sapatos e apoiar programas de saúde, educação e desenvolvimento comunitário. Vale bem a pena saber mais sobre esta história e as suas repercussões. 

Neste caso, aliar valores sociais ao empreendedorismo “arrastou” todos aqueles que reconhecem e apoiam a missão da empresa e fez, por exemplo, com que os sapatos sejam vendidos globalmente em inúmeras lojas. 

Podemos então dizer que, embora o empreendedorismo social dirija o foco dos negócios ou das empresas para as transformações e os impactos positivos na sociedade, isso não significa que não possam ser sustentáveis financeiramente. Aliás, tendo viabilidade económica, poderão apoiar ainda mais as pessoas e comunidades carenciadas; fomentar a cultura, a educação; a criação de emprego; a proteção ambiental e animal, entre tantas outras possibilidades.

Segundo o relatório Duas Décadas de Impacto: Fundação Schwab para o Empreendedorismo Social, os projetos de empreendedorismo social já geraram impacto positivo em mais de 622 milhões de pessoas em todo o mundo. 

Empreendedorismo social no Mundo

Conheça diferentes  exemplos de empreendedorismo social e os impactos positivos que tiveram:

Speak

O SPEAK, negócio co-criado pela Associação Fazer Avançar e pelo Social Lab da Fundação EDP, nasceu em Leiria, no centro de Portugal, em setembro de 2012 e expandiu-se a outras cidades.

O projeto de inovação social, SPEAK, pretende apoiar a integração de estudantes e trabalhadores que se encontram longe do seu país de origem. A sua missão é reduzir o isolamento destas pessoas pela promoção do ensino de línguas, da igualdade e da diversidade cultural.

Estes “alunos” são integrados em pequenos grupos, de acordo com o seu nível de conhecimento da língua e da cidade onde residem. Nas aulas, orientadas por um elemento fluente no ensino da língua, vão partilhando os gostos, os costumes e a cultura da região e criando afinidades, que se prolongam após o término do programa.

Durante a pandemia, as sessões realizaram-se online para que os participantes continuassem a progredir no uso da língua e  a “conviver”, reduzindo, assim, o isolamento social.

Divine Chocolate

A Divine Chocolate surgiu no Gana, porque os produtores de cacau deste país decidiram, no final do século vinte, criar a sua própria empresa e lançar o primeiro produto de chocolate Fairtrade, direcionado para o mercado do Reino Unido.

Esta empresa social global tem como missão ajudar a pôr fim à exploração na indústria do cacau, criando um mundo onde os agricultores prosperem, sejam remunerados adequadamente e tenham participação no seu futuro.

A Kuapa Kokoo Farmers' Union, uma cooperativa com mais de 100.000 produtores de cacau do Gana, é a maior acionista da Divine Chocolate. Estes agricultores cultivam cacau da melhor qualidade para os produtos diários e sazonais.

A Divine Chocolate e a Kuapa Kokoo partilham ainda o compromisso de apoiar as mulheres na agricultura de cacau, de forma a desenvolverem as habilidades e a confiança para cultivar um cacau melhor, criar melhores comunidades e ter sucesso nos negócios.

Projeto Anchal

Após uma viagem à Índia, na qual constataram a existência de comércio sexual e a falta de oportunidades de trabalho para as mulheres nas comunidades, as irmãs Colleen e Maggie Clines inspiraram-se para dar origem ao projeto Anchal. Em colaboração com uma ONG, puseram em prática o seu conhecimento de design sustentável na criação de peças de vestuário e de decoração.

Anchal tornou-se oficialmente uma organização sem fins lucrativos em 2010 e expandiu-se através da parceria com a Vatsalya, uma ONG em Ajmer, Índia. Esta organização funciona como um negócio, unindo o lucro das vendas às doações.

Na produção dos artigos para vestuário ou para decoração, unem o tradicional ao moderno. As peças criadas são costuradas de modo a reduzir o desperdício dos tecidos e são feitas de corantes ecológicos de baixo impacto, tecido vintage e algodão orgânico certificado GOTS.

Enraizada em soluções inovadoras de design, a Anchal tem como objetivos reduzir a desigualdade no emprego, diminuir o número de mulheres dependentes do trabalho sexual e erradicar o estigma que meninas e mulheres enfrentam ainda hoje em todo o mundo.

Na Anchal, quase a totalidade dos artesãos possuem a sua própria conta bancária pessoal e a totalidade dos artesãos dá relevância à educação dos filhos, pondo fim ao ciclo de exploração.

Cuidar de quem cuida

O CQC (Cuidar de Quem Cuida) foi reconhecido como uma iniciativa de empreendedorismo social inovadora ao nível da intervenção junto de CI (Cuidadores Informais). Em janeiro de 2019, foi aprovado como TIS (Título de Impacto Social), um dos quatro instrumentos de financiamento da iniciativa Portugal Inovação Social.

Esta iniciativa oferece várias respostas de apoio aos cuidadores informais, como programas psicoeducativos, grupos de ajuda mútua e atendimento individual.

O CQC desenvolveu-se numa primeira fase, de 2009 a 2013, na região Entre Douro e Vouga, dirigida a cuidadores informais de pessoas com demência e pós-AVC. Na segunda fase, de 2014 a 2016, foi alargada a zona geográfica de atuação e foi direcionada a cuidadores informais de pessoas com demência.

Depois da capacitação das redes pela equipa do projeto, os municípios tornam-se autónomos na intervenção.

Entre abril de 2019 e agosto de 2022, o objetivo foi replicar a iniciativa em mais municípios da zona norte de Portugal. O modelo de replicação assenta na transformação social e sustentabilidade, partindo da mobilização de recursos já existentes na comunidade como instituições, técnicos da rede local, cuidadores informais.

Sun Concept

A empresa Sun Concept, nascida em Olhão, produz embarcações silenciosas movidas a painéis solares. Esta ideia surgiu de uma conversa entre duas pessoas com preocupações ambientais e sociais.

As embarcações são construídas com o objetivo de reduzir o impacto no meio ambiente, através de materiais com menor pegada ecológica, pela ausência do ruído e pela fonte de energia usada. Estas características possibilitam ainda navegar em áreas mais sensíveis sem danificar a vida marinha. Com esta empresa portuguesa  podemos navegar de forma silenciosa e sustentável com impactos positivos no ambiente.

Os  exemplos de empreendedorismo social são tão diversos que podem ainda passar pelo desenvolvimento de tecnologia para reciclar subprodutos orgânicos de diferentes indústrias, transformando-os, minimizando, assim, os danos ambientais, como faz a Grain4Grain  ou iluminar a Serra Leoa, através de energia solar, como faz a Easy Solar.

De acordo com estes exemplos, podemos dizer que o  empreendedorismo social requer alguns ingredientes: olhar atento, empatia, espírito inovador e empreendedor, estratégia sustentável, compromisso e muita vontade de mudança. 

Não vivemos no país das maravilhas, de Lewis Carroll, mas como este escreveu “A única forma de chegar ao impossível, é acreditar que é possível.”... e fazer por isso!

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