Se escolhemos a Terra, temos de pensar no mar.
Materiais retirados das centrais a carvão da EDP que, hoje em dia, tem como objetivo trocar a produção de energia a partir de fontes fósseis por tecnologias renováveis. O artista transformou estes materiais em obras de arte e, por sua vez, com o tempo, a natureza vai transformar as obras de arte num ecossistema de vida subaquática.
Esta intervenção é um diálogo entre a arte e a natureza, um princípio de re-criação, no contexto da reutilização de materiais algo recorrente na obra de Vhils, que os reinterpreta e lhes dá um sentido artístico e uma nova função. Um diálogo que se alinha com o compromisso da EDP de escolher o caminho da descarbonização. De escolher a arte como inspiração e meio de influência social. De escolher a Terra.
Visita guiada
Olhe de perto o enlace da arte com o oceano e saiba como visitar esta exposição submersa, acompanhado por uma empresa especializada.
Mergulho no passado e no futuro
Seis conjuntos, 13 peças. Um percurso pela relação entre as pessoas e os oceanos num recife que ganha vida em Albufeira, um novo ecossistema de vida marinha. A uma milha da costa e a cerca de 12 metros de profundidade, a exposição subaquática de Vhils pode ser visitada por mergulhadores com certificação adequada, tornando o Algarve um destino de mergulho cultural único. Uma oportunidade para refletir sobre o planeta e o que podemos fazer para melhorar. Escolher a Terra passa também muito pelo mar.
Periscópio
A conquista do mar iniciou a globalização, ligou os continentes. Na peça inicial do EDP Art Reef, ao passar pelo centro do moinho de carvão de Sines, conseguimos ver os três horizontes atlânticos, três aberturas orientadas geograficamente para Europa, África e América. No Periscópio observamos também os seus habitantes, um rosto contemporâneo talhado em ferro por cada continente.
Heros
O Homem continua a encontrar formas de conquistar o mar, mas hoje a viajar de forma mais eficiente. Três esculturas em cimento homenageiam os heróis anónimos que simbolizam a nossa relação com o mar. A inclinação das peças, com os rostos em relevo, optimiza a reflexão da luz, potenciando a sua visibilidade para os mergulhadores.
Cárcer
Um antigo depósito de água da Central do Carregado serve de tela para Vhils reproduzir uma cidade. Expoente máximo do desenvolvimento tecnológico, econónico, social e cultural, as cidades representam também a perda de ligação com o mundo natural. A barreira urbana e o ciclo de consumo deixam-nos constrangidos no desequilíbrio que provocamos ao ecossistema.
Pegada
Muitas populações vivem ameaçadas pela subida, aparentemente imparável, do nível médio das águas. A escultura Pegada coloca em escala três datas que demonstram esse impacto no planeta e nas pessoas. Foi em 1880 que se começou a medir o nível do mar; em 1993 a subida acentuou-se rapidamente; e 2022 é o registo mais recente, um ponto de não retorno.
Equilibrium
Esta peça prova que, com o conhecimento e gestos certos, podemos criar condições para a vida. O totem composto por três peças de uma central espanhola abriga a fauna marinha. E nas estruturas laminares que o rodeiam, cinco rostos em corais de metal, outros corais verdadeiros fundem-se com a obra. Os materiais vieram das Astúrias, os corais são algarvios.
Olhar
No final do percurso, quando o nível de oxigénio exige o regresso à superfície, a última peça revela um olhar embebido no leito do mar, um alerta para estarmos mais atentos ao nosso impacto. O olho que emerge do fundo marinho como que nos observa também. Lembra que, tal como o oxigénio do tanque se está a esgotar, também o planeta precisa da nossa ação.
O EDP Art Reef em números
Um projeto imenso como o oceano
Três centrais, dois países.
A matéria-prima para o recife
Central Termoelétrica do Carregado
Constituída por 6 grupos produtores, operou entre 1969 e 2010. Os grupos inicialmente operavam a fuelóleo mas, em 1997, os grupos 5 e 6 foram convertidos para queima dual, passando a poder operar também a gás natural, tornando assim a Central do Carregado na primeira unidade portuguesa a fazer a transição para um combustível mais eficiente.
Central Termoelétrica de Sines
Com uma potência de 1.256 MW, a carvão, a Central de Sines começou a produzir em 1985 e chegou a assegurar um terço da eletricidade consumida em Portugal. Já o seu encerramento, em 2021, ajuda à sustentabilidade do planeta e abre a porta para novos projetos, de energia verde.
Central Térmica de Soto de Ribera 2
Dos 3 grupos da central de Soto de Ribera, a Soto 2 funcionou entre 1967 e 2016, encontrando-se atualmente em fase de desmantelamento. Existem vários projetos em curso com o objetivo de transformar esta central num centro de produção e armazenamento de energia das Astúrias.
Corais, a base do recife
Protegidas das correntes, as peças do EDP Art Reef estão numa posição privilegiada para fazer crescer a vida no novo recife. Além de espaço para que todos os tipos de animais marinhos ali passem e se instalem, as obras de Vhils vão ter corais vivos implantados, para acelerar o crescimento do ecossistema. Um recife saudável é a prova de que há equilíbrio na natureza.
Os corais, criados na região algarvia pelo projeto local Plant a Coral, demonstram a importância de ter os parceiros certos para reforçar a sustentabilidade. O EDP Art Reef surge graças a Vhils e aos materiais das antigas centrais EDP, contando igualmente com o empenho da Câmara Municipal de Albufeira, do Turismo de Portugal, da Marina de Albufeira, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR/UALG), da DGRM - Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, da APA - Agência Portuguesa do Ambiente, da Navalrocha, da Easydivers e Xavi-Sub e parceiros de produção como a Mota Engil, Lindo Serviço e AMOP.
Vhils
Desde 2005, tem apresentado o seu trabalho à volta do mundo em exposições, eventos e outros contextos - do trabalho com comunidades nas favelas no Rio de Janeiro a colaborações com uma diversidade de reputadas instituições. Representado por várias conceituadas galerias internacionais, a sua obra encontra-se também representada em diversas coleções públicas e privadas em vários países.
O caminho da EDP rumo a um futuro verde
O nosso compromisso com o planeta abarca todos os ecossistemas, todas as fontes de energia renováveis. E a água - oceanos, mares, rios, barragens, albufeiras - é essencial nesse percurso da EDP rumo à neutralidade carbónica em 2030 e ao fim do carvão já em 2025. Nos mares, desde 2004 que integramos o UN Global Compact e subscrevemos nove Princípios para o Oceano Sustentável. Estamos igualmente comprometidos com nove dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU. Tudo isto porque nós escolhemos a Terra.