Em Portugal, um novo impulso cultural para a cidade de Lisboa.
O MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, inaugurado em outubro de 2016, no contexto da política de mecenato cultural há muito assumida pela Fundação EDP, traduz a ambição de apresentar exposições nacionais e internacionais. Para além de possibilitar diversas abordagens sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP, no que à curadoria diz respeito, promove a reflexão sobre temas e tendências da atualidade.
MAAT – o diálogo da tecnologia sobre, sob e através da arte
Estávamos em 1976, quando a Central Tejo foi desclassificada oficialmente, tendo a EDP assumido a sua posse no ano seguinte. Em 1982, o espaço deu lugar ao Museu da Electricidade e, quatro anos depois, a “fábrica que eletrificou Lisboa”, foi alvo de classificação como Imóvel de Interesse Público. Em 2016, nas margens do Tejo, instalado em dois edifícios, nascia o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, num projeto assinado pela arquiteta britânica Amanda Levete.
Uma experiência imersiva
Imaginado como uma experiência imersiva, a estrutura futurista do MAAT veio estabelecer uma nova relação com o rio, em particular, e com o mundo, explorando uma relação simbiótica entre a arte contemporânea, a arquitetura e a tecnologia. Com mais de 9.000 m², a integração da estrutura na paisagem foi pensada para permitir que os visitantes caminhem sobre, sob e através do edifício. Durante o primeiro ano de abertura, o MAAT recebeu mais de 500.000 visitantes, granjeando uma popularidade muito superior à de qualquer outro museu público português.
Gerido pela Fundação EDP, o MAAT, que também tem funcionado como montra da coleção de arte da empresa, apresenta, em média, 18 exposições por ano, assumindo-se como uma alternativa para acolher exposições de outros países que, até aqui, quase não marcavam presença no nosso panorama cultural. Além de possibilitar diversas abordagens sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP, no que à curadoria diz respeito, a diversidade de programas e de espaços do MAAT posicionam-no como um importante marco no roteiro cultural de Lisboa.
A Coleção de Arte da Fundação EDP
A Coleção de Arte da Fundação EDP começou a ser constituída em 2000, englobando diversas gerações de artistas portugueses contemporâneos, bem como várias formas de expressão e criação artística como a pintura, fotografia, vídeo ou instalação. Em constante evolução através de aquisições anuais, a coleção compreende aproximadamente 2 400 obras da autoria de mais de 330 artistas. Embora a peça mais antiga date de 1942, esta coleção teve como referência cronológica de partida a década de 1960, época de mudanças revolucionárias não apenas na sociedade, mas também na arte. É também desta época a criação da Companhia Portuguesa de Eletricidade, precursora da EDP (Energias de Portugal).
Em 2015, através da aquisição da Coleção Pedro Cabrita Reis, constituída por 388 obras de 74 artistas, a Fundação EDP passou a dispor de um dos mais significativos acervos de arte contemporânea portuguesa da viragem do século XX. Na temporada de 2021–2022, a Coleção foi enriquecida com um conjunto de autores e obras de diferentes tempos, origens e sentidos, de onde se destacam Fernando Calhau (Água-mar-tempo, 1975), João Vieira (Viúva Negra, 1981), Miguel Branco (Sem título, 2021) ou Ana Jotta (Ricochete #2 e Ricochete #6, ambas de 2017).