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FLEXnCONFU: Power-to-X-to-Power para aumentar a flexibilidade das centrais termoelétricas

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Em Curso
Energias renováveis

FLEXnCONFU: Power-to-X-to-Power para aumentar a flexibilidade das centrais termoelétricas

Terça 7, Abril 2020

Dados chave do Projeto FLEXnCONFU
Início do projeto
Abril de 2020
Conclusão do projeto
Janeiro de 2026
Financiamento
12,6 milhões de euros (Horizon 2020)
Parceiros
21 organizações de 10 países
Coordenador
RINA-Consulting
Demonstrador principal
Piloto de hidrogénio na CCGT da EDP.
Local dos demonstradores
Ribatejo (Portugal), Savona (Itália), Cardiff (Reino Unido).

O que é o FLEXnCONFU e quando se iniciou?

O FLEXnCONFU é um projeto europeu de inovação financiado pelo programa Horizon 2020. Lançado em abril de 2020 o projeto FLEXnCONFU tem como objetivo desenvolver e integrar novas soluções para aumentar a flexibilidade das centrais de ciclo combinado através da integração de combustíveis não convencionais, como o hidrogénio e o amoníaco, testar a compatibilidade e eficiência dos sistemas de combustão e novas soluções para a transição energética.

Parceiros e financiamento

O FLEXnCONFU é coordenado pela RINA-C e reúne 21 parceiros de 10 países, com um orçamento total de 12,6 milhões de euros. A EDP tem um papel de liderança no desenvolvimento e implementação do piloto de hidrogénio na Central do Ribatejo, com o apoio dos maiores players nas áreas da investigação, tecnologia e indústria.  

O financiamento pelo programa Horizon 2020, sublinha a relevância estratégica para a transição energética europeia. 

Pilotos e demonstradores

O projeto de âmbito alargado, conta com 3 demonstradores:
  • Projeto-piloto de produção de hidrogénio e co-combustão com gás natural na CCGT do Ribatejo (P2H2P), Carregado (Portugal), testado em ambiente industrial
  • Projeto-piloto de produção de amoníaco e combustão numa micro-turbina (P2A2P), na Universidade de Savona (Itália), testado em ambiente laboratorial
  • Testes de combustão de diferentes misturas de hidrogénio e de amoníaco com gás natural, na Universidade de Cardiff (Reino Unido), em ambiente laboratorial.
Porque é que o projeto FLEXnCONFU é importante e o que o distingue de outras iniciativas de hidrogénio na Europa?

Tendo em conta que se trata de um projeto-piloto europeu que visa demonstrar a flexibilidade das centrais de ciclo combinado através da integração de hidrogénio e amoníaco como vetores de armazenamento de energia, a sua singularidade reside na aplicação industrial real, com testes à escala na Central do Ribatejo, e na combinação de tecnologias power-to-hydrogen-to-power (P2H2P), algo ainda pouco explorado no setor. 

O que é a Eletrólise da água?

A eletrólise da água é o processo de separação das moléculas de água (H₂O) nos seus componentes hidrogénio (H₂) e oxigénio (O₂), por aplicação a uma corrente elétrica. Quando alimentado por energia renovável, este processo gera moléculas de hidrogénio sem emissões de carbono. Os eletrolisadores são essenciais para uma produção sustentável de combustíveis limpos aplicados a diversos setores e, nomeadamente onde a eletrificação direta é difícil. Os usos finais incluem mistura na rede de gás, descarbonização da indústria, transportes de longa distância, produção de energia e exportação. Esta abordagem integrada mostra como o hidrogénio pode reforçar a flexibilidade e a sustentabilidade do sistema energético, facilitando a descarbonização profunda, especialmente na indústria pesada e transportes.

O Piloto de hidrogénio no Ribatejo

Dados-chave:
  • Inovação: Primeira molécula de hidrogénio da EDP produzida na Europa com um eletrolisador PEM da Cummins, de 1,25 MW, o maior do país.
  • Utilização do hidrogénio: 1% de H₂ injetado a montante da turbina a gás do Grupo 2 da CCGT Ribatejo.
  • Armazenamento de hidrogénio: ~400 kg a 200 bar.
  • Coordenador do piloto de hidrogénio: EDP
  • Parceiros envolvidos: Cummins, ICI Caldaie, MAS, RINA-C, CNET
     

A EDP lidera o desenvolvimento e implementação do piloto de produção de hidrogénio e respetiva integração na Central de Ciclo combinado do Ribatejo. 

Após cinco anos de desenvolvimento, o projeto alcançou um marco histórico: a produção da primeira molécula de hidrogénio (H₂), da EDP na Europa (H₂), usando um eletrolisador de 1,25 MW, o maior do país até à data. Esta conquista reflete o compromisso da EDP com a inovação e a sustentabilidade, estando alinhada com as metas de descarbonização nacionais e europeias. 
O piloto estará em operação até início de 2026 e os resultados obtidos servirão de base à análise de futuros investimentos da EDP na produção e integração de hidrogénio. 

Objetivos
  • Demonstrar a produção da primeira molécula de hidrogénio da EDP na Europa. 
  • Reforçar a imagem da EDP como empresa inovadora e líder na transição energética. 
  • Sensibilizar o público para o papel central da EDP na inovação tecnológica. 
  • Preparar o caminho para projetos futuros, conectando este marco a iniciativas como o GreenH2Atlantic (100 MW, Sines, Portugal).

Como Funciona o Piloto de hidrogénio?

O piloto FLEXnCONFU de hidrogénio, no Ribatejo, demonstra o ciclo completo da molécula de hidrogénio: energia renovável (por ex. eólica ou solar) alimenta um eletrolisador PEM de última geração que divide a água em hidrogénio e oxigénio. O hidrogénio produzido no eletrolisador é comprimido a 200 bar e armazenado em cilindros standard com uma capacidade bruta de cerca de 400 kg. 

O hidrogénio é depois utilizado no local como combustível, misturado com o gás natural, na turbina a gás.  

Principais marcos do projeto piloto de hidrogénio do Ribatejo (2020–2026)
  • Abril 2020: Arranque do projeto.
  • 2021: Engenharia básica.
  • 2021-2022: Licenciamento
  • 2022: Engenharia de detalhe, aquisição e fabrico de equipamentos.
  • Abril-Maio 2023: Chegada, instalação do maior eletrolisador PEM de 1,25 MW em Portugal, no Ribatejo.
  • Setembro 2023: Integração total do piloto na central de ciclo combinado do Ribatejo, permitindo operação mais flexível e abrindo portas a novos modelos de armazenamento de hidrogénio e arbitragem de preços.
  • Junho 2024: Fase de comissionamento concluída.
  • Abril 2025: Produção e injeção bem-sucedidas da molécula de hidrogénio na central do Ribatejo.
  • Maio-Julho 2025: Serviço experimental do piloto de hidrogénio
  • Julho 2025: Período de demonstração
  • Setembro 2025: A primeira molécula de hidrogénio da EDP na Europa é celebrada num evento oficial.

O papel da EDP e do centro de R&D

A EDP é o motor do FLEXnCONFU, liderando o demonstrador do Ribatejo e coordenando esforços com os 21 parceiros internacionais. A empresa aposta nos seus mais de 90% de capacidade renovável para desenvolver novos modelos de integração do hidrogénio. Através de demonstrações pioneiras em escala industrial, a EDP apoia os objetivos climáticos nacionais e europeus, lançando as bases para projetos como o GreenH2Atlantic
 

O Centro de R&D da EDP apoia o processo de demonstração no Ribatejo. Tem ainda um papel central em: 

  • Definir casos de uso para soluções power-to-hydrogen na prestação de serviços ao sistema elétrico; 
  • Estudar a utilização de hidrogénio noutras áreas, como mobilidade e injeção em gasoduto; 
  • Avaliar o impacto do demonstrador ao nível da flexibilidade e redução da pegada ambiental.
Perspetivas futuras

A experiência tecnológica e a infraestrutura desenvolvidas no FLEXnCONFU irão contribuir para projetos estratégicos futuros, como o GreenH2Atlantic (100 MW), reforçando o papel da EDP e de Portugal como pioneiros na produção de moléculas de hidrogénio à escala industrial.

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