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EDP integra aliança de empresas globais na COP28 com plano de ação para acelerar a transição energética

Terça-feira 05, Dezembro 2023
Renewable energy
Sustainability
  • As empresas formaram a 'Utilities for Net Zero Alliance' (UNEZA) na COP28 para uma cooperação global.
  • A EDP está entre as mais de 20 principais empresas de serviços públicos, como a Iberdrola, Enel, Engie e RWE, entre outras, que unem forças com a IRENA e os High-Level Champions for Climate Change das Nações Unidas.

Um grupo de 31 empresas globais, incluindo 25 utillities que servem quase 250 milhões de clientes, juntaram-se na COP28 para assumir um compromisso conjunto significativo no sentido de promover a eletrificação, redes preparadas para renováveis e a expansão de energias limpas. Este compromisso está em linha com os objetivos do programa 2030 Breakthrough que ambiciona um futuro net-zero até 2050. A EDP é um dos parceiros desta aliança.

Nesse contexto, grandes empresas globais da indústria, empresas de serviços públicos regionais, promotores e líderes tecnológicos de sistemas de energia de todo o mundo aprovaram hoje uma "Declaração de Ação dos EAU" na COP28, no Dubai, alinhando uma parte significativa da comunidade global de eletricidade com o objetivo da Agenda de Ação da COP28 de acelerar uma transição energética justa e ordenada.

As empresas formaram a "Utilities for Net Zero Alliance" (UNEZA), uma aliança empresarial que conta com o apoio e liderança da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA). As empresas de serviços públicos trabalharão para resolver os obstáculos à volta da ambição net-zero enquadrados no World Energy Transitions Outlook da IRENA e refletidos nos 2030 Breakthrough liderados pelos High-Level Climate Champions das Nações Unidas.

O anúncio representa um novo quadro significativo para a cooperação global entre as entidades da cadeia de valor do sistema elétrico. O seu principal objetivo é promover a adoção acelerada de energias renováveis e construir as infraestruturas que o tornam possível. Oferece também uma plataforma para esforços conjuntos no sentido de resolver os estrangulamentos da cadeia de abastecimento, apoiar o fluxo de capital para a transformação do setor da energia no Sul global e colaborar com os decisores políticos e os reguladores.  

"A emergência da transição energética reforça a relevância de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 como o meio mais viável para manter o limite de 1,5°C. Nesse sentido, é crucial adotar e acelerar a utilização de energias renováveis, o que exige esforços coletivos para ultrapassar os atuais desafios infraestruturais, modernizando e melhorando as redes elétricas, o transporte e as linhas de distribuição", afirma Rui Teixeira, administrador executivo da EDP. "Utilities como a EDP estão a liderar esta jornada transformadora, que requer investimentos significativos e colaboração para alcançar interconectividade, flexibilidade e equilíbrio, todos eles essenciais para cumprir as metas climáticas delineadas no Acordo de Paris."

Liderada pela Abu Dhabi National Energy Company (TAQA) dos Emirados Árabes Unidos, uma das maiores empresas de serviços públicos integrados cotadas na Europa, Médio Oriente e África, as entidades fundadoras incluem, além da EDP, a Bui Power Authority, DEWA, DLO Energy, EDF, E.ON, Enel, Engie, Etihad Water and Electricity, Hitachi Energy, Iberdrola, Jinko Power, KEGOC, KenGen, Masdar, National Grid, Octopus Energy, RWE, Schneider Electric, Siemens, SSE, Tenaga, Uniper e Xlinks. A Aliança será facilitada pelos parceiros estratégicos IRENA eUN Climate Change High-Level Champions, das Nações Unidas. O Fórum Económico Mundial (FEM), a Comissão Eletrotécnica Internacional (CEI), a Aliança Global para as Energias Renováveis e o Coordenador Elétrico Nacional darão o seu apoio enquanto parceiros do ecossistema.

Plano de ação

Os membros da UNEZA reconhecem que a chave para desbloquear o potencial de transição energética global do sector dos serviços públicos reside na capacidade de visar deliberadamente os impedimentos e desafios estruturais, regulamentares e financeiros existentes que possam impedir o progresso.

Razan Al Mubarak, dos UN Climate Change High-Level Champions na COP28, reforça que "os serviços de utilidade pública desempenham um papel crucial na concretização de medidas de mitigação que alinham o desenvolvimento global com um futuro de zero emissões líquidas e são fundamentais para um futuro sistema energético que esteja em harmonia com a natureza e o ambiente. Esperamos trabalhar na conceção e execução do plano de ação durante a COP28 e posteriormente e convidamos os serviços públicos de todo o mundo a juntarem-se a esta comunidade e a demonstrarem um compromisso de ação".

Também Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, afirma que "triplicar a capacidade de produção de energia renovável até 2030 é a forma mais realista de manter os 1,5°C. Para acelerar a implantação das energias renováveis, precisamos de uma ação concertada para ultrapassar as barreiras infraestruturais existentes através da modernização e atualização das redes elétricas, bem como das linhas de transmissão e distribuição que permitem a rápida eletrificação do sistema. O setor dos serviços públicos está na linha da frente desta modernização".

Os membros irão, por isso, trabalhar proativamente para enfrentar as barreiras através da cooperação global, desenvolvimento de conhecimento e consultas público-privadas facilitadas pela IRENA, WEF, UN Climate Change High-Level Champions e outros parceiros do ecossistema.

A UNEZA desenvolverá um plano de ação para mitigar os desafios macro da transição energética, incluindo:

  • Mobilização de capital
  • Redução do risco da cadeia de fornecimento
  • Capacidades e formação de talentos
  • Facilitar o apoio político e regulamentar

A Aliança convida as empresas a juntarem-se à visão comum de acelerar a transição energética. A adesão está aberta a empresas de serviços públicos, promotores, empresas de tecnologia de sistemas de energia e parceiros de conhecimento determinados a acelerar a transição para um futuro sem emissões líquidas até 2050.

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