CTT e EDP inauguram na maia unidade de autoprodução de energia que vai partilhar benefícios com famílias e empresas da região
Empresas já têm em operação em todo o país 20 centrais fotovoltaicas em regime de autoprodução, que vão tornar-se Comunidades de Autoconsumo Coletivo. Projeto no Centro de Produção e Logística do Norte dos CTT é o maior da parceria e permite utilizar energia limpa em 40% das operações do dia-a-dia.
A parceria estratégica entre a EDP e os CTT – Correios de Portugal para desenvolver projetos até 6 MWp de geração de energia descentralizada, anunciada em outubro de 2022, já permite produzir eletricidade a partir do sol em 20 cidades, incluindo no Centro de Produção e Logística dos CTT do Norte, na Maia. As empresas colocaram em operação, neste edifício uma central com mais de 1.800 painéis solares e capacidade instalada de 1 MWp que, por agora, está em regime de autoconsumo individual.
É no Centro de Produção e Logística Norte que se concentra toda a operação dos CTT na região norte do país e de onde saem todos os dias cerca de 400 mil correspondências. Graças a esta central, 40% das necessidades energéticas diárias daquele edifício estão a ser abastecidas por energia renovável.
Quando terminar o processo de licenciamento, esta mesma central vai tornar-se num Bairro Solar EDP/CTT, ou seja, numa Comunidade de Autoconsumo Coletivo, em que a unidade solar instalada nos CTT passa a partilhar os seus benefícios com até 850 famílias e empresas daquela região. Por terem aderido a este projeto, estes vizinhos terão poupanças de até 35% na energia solar consumida mensalmente.
Graças à capilaridade da rede CTT, são já 20 as centrais solares fotovoltaicas instaladas em edifícios geridos pela empresa em regime de autoconsumo e que, na sua maioria, vão também partilhar os benefícios com a comunidade, ao se tornarem em Bairros Solares EDP/CTT. Quando o projeto estiver na sua total capacidade e todos os bairros solares forem constituídos, é esperado que cerca de oito mil famílias e empresas venham a beneficiar deste projeto e que seja evitada a emissão de 1.600 toneladas de CO2 para a atmosfera, contribuindo para a descarbonização do país.
“Vivemos um dos momentos mais importantes para a nossa sociedade, que é o de tomar medidas para combater as alterações climáticas e garantir qualidade de vida no planeta para as próximas gerações. A produção de energia renovável em pequena escala, espalhada por telhados e coberturas de todo o país, será fundamental para um país com menor pegada ambiental. Esta parceria com os CTT permite acelerar esse caminho e partilhá-lo com as comunidades vizinhas, fazendo com que a transição energética seja mais justa e inclusiva, destaca Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial.
Para os CTT, para além de passarem a utilizar mais energia sustentável nos seus edifícios e de a poderem partilhar com a comunidade envolvente, esta parceria permite gerar poupanças significativas nos custos com eletricidade e reduzir a dependência da rede energética.
Para o CEO dos CTT, João Bento, “este é um projeto de enorme importância para os CTT, não só porque reforça o nosso caminho em matéria de sustentabilidade, como nos permite fortalecer os laços de proximidade com as comunidades, que passam a ter acesso a uma energia limpa e mais económica. Graças a esta parceria que junta duas empresas nacionais de peso, os CTT reforçam o seu compromisso de proximidade, desta feita, contribuindo para energia mais limpa e mais barata para as comunidades envolventes”.
Podem aderir a estes Bairros Solares famílias e empresas que se encontrem na vizinhança destas localizações, que podem ser consultadas em edp.pt/bairro-solar. O investimento, manutenção e operação dos painéis serão feitos pela EDP, tal como todo o processo de angariação dos vizinhos e gestão destas comunidades.
Os projetos de energia solar instalados em espaços de famílias e empresas deverão representar metade dos projetos solares desenvolvidos a nível mundial nos próximos anos. A EDP está empenhada em garantir que cada vez mais clientes passam a produzir a sua própria energia e pretende investir 2,5 mil milhões de euros nesta área, até 2026, nos vários mercados em que se encontra (Europa, América do Norte, Brasil e Ásia).
Para os CTT, a sustentabilidade é um pilar fundamental na sua estratégia, contando com três metas ambientais definidas: operar com 50% de veículos elétricos na última milha até 2025 e 100% até 2030, promover o consumo responsável através do uso de 100% de embalagens recicladas e/ou reutilizáveis até 2030, e alcançar a meta da neutralidade carbónica (net zero) até 2030.
Os CTT têm feito uma forte aposta na eletrificação da sua frota e atualmente contam com mais de 600 veículos livres de emissão de poluentes. Além disso, foi possível inaugurar, em 2022, os primeiros Centros de Entrega próprios ‘100% verdes’: Arroios, Junqueira, Cascais, Porto Santo e Graciosa.
Principais números do projeto Bairros solares EDP/CTT
- 20 centrais solares em autoprodução,a sua maioria aguarda licenciamento para se tornar uma Comunidade de Autoconsumo Coletivo/Bairro Solar
- Vizinhos terão poupanças de até 35% na energia solar consumida mensalmente
- Parceria pretende beneficiar 8 mil famílias ou empresas de todo país
- Parceria vai evitara emissão de 1.600 toneladas de CO2 para a atmosfera
- Central da Maia tem capacidade instalada de 1 MWp
- Central da Maia tem potencial para partilhar benefícios com 800 vizinhos
- 40% do consumo daquela unidade dos CTT está a ser abastecida com energia renovável